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Publicado em 4/07/2018 as 9:00am

Milhares vão às ruas dos EUA em protesto contra a política de imigração

Milhares de pessoas protestam neste sábado (30) em diversas cidades dos Estados Unidos contra a...

Milhares vão às ruas dos EUA em protesto contra a política de imigração Cantora Alicia Keys discursa em protesto contra política de imigração de Trump realizado próximo à Casa Branca, em Washington

Milhares de pessoas protestam neste sábado (30) em diversas cidades dos Estados Unidos contra a política de imigração de "tolerância zero" do governo de Donald Trump.

Estamos protestando em Washington DC e em todo o país", afirmaram os organizadores da manifestação "Families Belong Together" (As famílias devem ficar juntas).

A cantora Alicia Keys, a atriz America Ferrera e o dramaturgo de origem porto-riquenha Lin-Manuel Miranda lideraram de um palanque montado no local uma manifestação que, segundo os organizadores, reuniu mais de 30 mil pessoas no centro de Washington, enquanto outras 750 cidades em todo território americano organizavam manifestações similares.

"Nossa democracia está em jogo. Nossa humanidade está em jogo. Estamos aqui para salvar a alma de nossa nação", disse Alicia Keys em um discurso.

Keys e Ferrera, que é descendente de imigrantes hondurenhos, leram as histórias reais de uma mãe que foi separada de seu filho e de um avô que teve o pedido de acolher e cuidar de sua própria neta rejeitada pelas autoridades americanas.

"Esta luta não pertence a um grupo de pessoas, a uma cor, a um gênero. Ela pertence a todos nós", afirmou Ferrera, conhecida pelo seu papel na série "Ugly Betty". As pessoas que lotavam o centro de Washington gritaram "vergonha" quando líderes religiosos e ativistas pediram ao governo que fosse mais receptivo aos estrangeiros e reunisse as famílias.

"Isso vai contra tudo o que representamos como país", disse a manifestante Paula Flores-Marques, 27, sobre as políticas do presidente Donald Trump, que estava fora da cidade.

Os manifestantes pedem a reunificação das mais de 2.300 crianças que foram separadas de seus familiares desde abril, além de exigir o fim da política de "tolerância zero" e dos "campos de detenção" de imigrantes.

"Eu vivo ao lado de um centro onde estão detendo acho que entre dez e 15 crianças atualmente", explicou à Agência Efe a jovem de 22 anos, Alexandra Cornejo. "(O centro de detenção) está a apenas nove minutos da minha casa e não sei o que fazer, por isso queria estar aqui, porque minha família também é uma família de imigrantes, de México e Guatemala, e temos que defender nossas famílias", acrescentou Cornejo, que vive em Manassas (Virgínia), nos arredores de Washington.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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