Publicado em 18/07/2018 as 9:00pm
Juiz suspende deportação de famílias imigrantes reunidas
O juiz federal Dana Sabraw, da Califórnia, ordenou a suspensão temporária das deportações...
O juiz federal Dana Sabraw, da Califórnia, ordenou a suspensão temporária das deportações de famílias imigrantes reunidas nos Estados Unidos. O magistrado, que emitiu a decisão na noite desta segunda-feira (16), atendeu a um pedido da organização American Civil Liberties Union, que advoga pelos direitos civis no país.
A entidade solicitou que as deportações fossem adiadas em uma semana após a reunificação entre familiares, em meio a rumores de que o governo americano pretendia fazer deportações em massa imediatamente e iminentemente após a reunião ocorrer. Segundo a ACLU, os pais precisavam de uma semana após a reunificação para decidir se davam continuidade ou não ao pedido de asilo nos EUA.
Muitos pais tiveram que escolher entre a deportação com os filhos ou deixar a criança nos EUA com a esperança de que o asilo fosse concedido.
A organização defende que os familiares tenham tempo de discutir com os filhos as implicações da decisão e também de ouvir orientações sobre o que acontece se as crianças ficarem nos EUA, enquanto os pais voltam para seus países de origem. Sabraw decidiu suspender temporariamente as deportações até que o pedido da ACLU fosse respondido pelo Departamento de Justiça, com prazo dado até o dia 24, quando ocorre nova audiência sobre o processo envolvendo a organização.
Na sexta-feira (13), Sabraw ordenou que o governo notificasse a ACLU 12 horas antes de cada reunião. A organização pediu que o juiz estendesse a ordem para incluir notificação sobre quais famílias estariam programadas para deportação. Na semana passada, o governo disse ter reunido 57 crianças com menos de 5 anos aos seus pais, pouco mais da metade do total de 103.
No final de junho, Sabraw havia estabelecido prazo até 10 de julho para que o governo americano reunisse pais a menores de cinco anos separados na fronteira com o México como resultado da política de tolerância zero adotada a partir de abril. A maioria dos pais foi liberada com tornozeleiras eletrônicas para monitoramento antes das audiências em corte.
As demais famílias deveriam ser reunificadas até 26 de julho. Segundo o governo, 2.480 das crianças mais velhas já tiveram a confirmação de parentesco, e 918 delas devem ser reunidas a seus pais até o dia 26.
Fonte: Redação - Brazilian Times