Publicado em 28/11/2018 as 1:00pm
Refugiada transgênero é espancada em cela e morre nos EUA
Enviado ao governo americano, resultado de nova autópsia põe sob suspeita as prisões da Agência de Imigração e Alfândega.
A imigrante transgênero Roxsana Hernández Rodriguez foi morta depois de ser agredida, dentro de uma das prisões do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês), e de ter seu socorro médico negado pelas autoridades norte-americanas, segundo os advogados de sua família.
Hernández era HIV-positivo e saíra de Honduras em busca de refúgio nos Estados Unidos.
Ela foi detida pelos agentes no dia 13 de maio no porto de San Ysidro, perto de São Diego, na Califórnia. Trata-se de região de tensão permanente entre migrantes e a polícia de fronteira americana. Em 16 de maio, Hernández foi transferida para uma unidade de detenção privada da ICE, o Centro Cibola County, no Novo México, e instalada em uma ala para transgêneros.
Nove dias depois, ela morreu no Centro Médico Lovelace, em Albuquerque. Em uma nota publicada na época, a ICE disse que a causa preliminar da morte era parada cardíaca. Mas uma autópsia adicional, paga pela organização Transgender Law Center, que está representando a família de Hernandez, sugere que ter sido ela vítima de “complicações severas da desidratação”, agravadas pela infecção do HIV.
O relatório da autópsia também mencionou marcas no corpo de Hernández, sugerindo que algemas apertadas foram postas em seus pulsos e que ela foi espancada nas costas e no abdômen, disseram os advogados da família.
Fonte: Redação - Brazilian Times