Publicado em 14/09/2019 as 8:00am
Supremo autoriza restrições de asilo impulsionadas por Trump
Na quarta-feira, dia 11, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos autorizou a entrada em vigor de...
Na quarta-feira, dia 11, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos autorizou a entrada em vigor de uma medida que coloca restrições a pedidos de asilo. A regra foi anunciada pela administração do presidente Donald Trump e vai impedir que a maior parte dos migrantes centro-americanos se candidate a entrar no país.
A medida havia sido barrada por um Tribunal Distrital, mas agora a mais alta instância judicial suspendeu a decisão e permitiu que Trump coloque em pratica a sua vontade.
Através de sua conta no Twitter, Trump elogiou a decisão, escrevendo: “GRANDE VITÓRIA na Suprema Corte dos Estados Unidos sobre o asilo na fronteira!”.
A juíza Sonia Sotomayor, discordando da decisão da Suprema Corte, escreveu: “Mais uma vez, o Poder Executivo emitiu uma regra que busca reverter práticas de longa data em relação aos refugiados que buscam abrigo contra perseguição”.
A política de restrições está entre uma série de medidas tomadas por Trump para deter o fluxo de migrantes centro-americanos que tentam chegar aos Estados Unidos cruzando o México e que pedem asilo na fronteira entre os dois países.
O Pentágono anunciou na terça-feira que manterá no próximo ano até 5.500 soldados posicionados ao longo da fronteira Sul dos Estados Unidos para combater a imigração ilegal.
Também divulgou que vai liberar US$ 3,6 bilhões para a construção de um muro anti-imigração na fronteira, obra prometida por Trump durante sua campanha e que, segundo afirmou à época, seria custeada pelo México.
A utilização dessa verba do Pentágono para a construção do muro foi justificada sob a controversa declaração de emergência emitida por Trump logo depois de o Congresso dos EUA negar a autorização de uso de um fundo especial para a obra.
O advogado especializado em imigração, Danilo Brack, disse que com esta nova regra, os imigrantes terão de fazer o pedido de asilo no México antes de se submeterem às autoridades dos EUA.
Fonte: Redação - Brazilian Times.