Publicado em 9/03/2020 as 4:00pm
EUA negam cidadania a homem cego a quem não teve direito a teste em braile
Um homem cego viu a sua cidadania norte-americana ser negada depois de os agentes de...
Um homem cego viu a sua cidadania norte-americana ser negada depois de os agentes de Departamento de Serviços de Imigração e Cidadania (USCIS, sigla em inglês) lhe terem negado um teste em inglês para poder ler em braile.
Lucio Delgado, de 23 anos, nasceu cego e usa uma bengala para se movimentar. Há seis anos mudou-se do México para os Estados Unidos.
Quando tentou fazer o teste para obter a cidadania norte-americana diz ter-lhe sido fornecida uma frase grande impressa num papel para que lesse. O que tendo em conta que é totalmente cego não conseguiu fazer.
Segundo a lei do estado de Ilinois, onde tentou fazer um teste, Lucio é completamente invisual, mas foi-lhe dito que tinha de ter uma certidão do médico para provar a sua condição. "Aqui poderia ter a educação que não tive no México", começou por dizer à CBS.
Depois de ter tentado fazer o teste em maio do ano passado, recebeu recentemente uma carta dos Serviços de Imigração a informar que tinha sido rejeitado.
"Infelizmente, foi incapaz de ler uma frase em Língua Inglesa. Lamentavelmente, não conseguiu a nota necessária para passar na parte de leitura do teste de naturalização", podia ler-se na missiva.
Para Lucio foi inesperado "não ter sido providenciada a acomodação básica" para poder fazer o teste. "Foi realmente chocante, honestamente", admitiu.
Foi-lhe dito que fosse ao médico buscar uma declaração em como era cego, mas devido ao facto de não ter seguro de saúde não pode ir. Um porta-voz dos Serviços de Imigração esclareceu ao Washington Post, que só começaram fornecer testes em braile em novembro do ano passado, meses depois de Lucio ter tentado fazer o exame.
Desde que a história do homem se tornou pública, o advogado de Lucio diz que o cliente foi contactado novamente pelos Serviços para se submeter novamente ao teste no final deste mês de março.
Fonte: Redação - Brazilian Times.