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Publicado em 14/09/2020 as 9:00am

Cerca de 8.800 crianças desacompanhadas são expulsas na fronteira

Cerca de 8.800 crianças desacompanhadas foram expulsas dos Estados Unidos ao longo da fronteira...

Cerca de 8.800 crianças desacompanhadas são expulsas na fronteira Famílias detidas na fronteira não têm chance de uma audiência perante um juiz de imigração

Cerca de 8.800 crianças desacompanhadas foram expulsas dos Estados Unidos ao longo da fronteira com o México sob uma medida relacionada à pandemia que efetivamente acabou com os pedidos de asilo, de acordo com um relatório publicado recente.

No total, sob a medida que autorizava os agentes a expulsar os imigrantes para o México e realizar deportações expressas, o governo Trump expulsou mais de 159 mil pessoas desde que a ordem de emergência dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) entrou em vigor em março.

O relatório sobre as crianças foi divulgado pela primeira vez em uma declaração de Raul Ortiz, subchefe da Patrulha de Fronteira (CBP, sigla em inglês), como parte do apelo do governo para que proibisse o alojamento de crianças em hotéis.

O governo expulsou "imediatamente" a maioria das crianças e famílias para o México, mas mais de 2.200 crianças desacompanhadas e 600 pessoas que vieram com suas famílias ficaram detidas até que os voos pudessem ser organizados para voltar para casa, de acordo com um pronunciamento de Ortiz, na sexta-feira, dia 11.

O governo pediu ao Tribunal de Apelações do 9º Circuito dos Estados Unidos para anular uma decisão na semana passada que considerou o uso de hotéis alegando "proteções humanitárias fundamentais".

A juíza distrital dos EUA, Dolly Gee, em Los Angeles (Califórnia), decidiu que o uso de hotéis para detenção de longo prazo violava um acordo que existe há 20 anos que rege o tratamento de crianças sob custódia. Ela ordenou que as agências de fronteira parassem de colocar crianças em hotéis. Os advogados do Departamento de Justiça argumentaram que o acordo não se aplica durante a emergência de saúde pública e que os hotéis eram adequados.

Enquanto estiverem nesses hotéis, o governo fornece aos menores supervisão de especialistas, recreação, amenidades e medidas de proteção contra o COVID-19”, escreveram os advogados.

Antes da pandemia, crianças desacompanhadas eram enviadas para abrigos licenciados pelo estado operados pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos e frequentemente liberadas para familiares enquanto buscavam asilo.

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Fonte: Da redação

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