NJ torna-se destino de muitas crianças imigrantes que atravessam sozinhas a fronteira

O jovem Dario Alvarado esperava que a vida fosse melhor nos Estados Unidos e sonhava em se conectar com uma família que iria mostrar-lhe o amor que ansiava em Honduras. Depois que sua mãe o abandonou, ele foi adotado por uma tia e um tio, ainda em sua terra natal.

Mas ele não se encaixou e houve confrontos familiares. E quando seu pai biológico o incentivou a migrar para o norte, ele aceitou a sugestão.

Ele atravessou a fronteira dos Estados Unidos com o México, em 2019, sozinho aos 16 anos de idade, e foi detido por agentes da Patrulha de Fronteira (CBP, sigla em inglês). Meses depois, foi libertado pelas e foi morar com um primo em Morristown, New Jersey, que concordou em recebê-lo.

Isso durou menos de um ano antes de Dario abandonar o ensino médio e mudar-se para morar sozinho. Agora, ele reside em Dover e trabalha em uma fábrica de cremes para as mãos.

Após Joe Biden assumir a presidência, menores desacompanhados começaram a cruzar a fronteira em números recordes novamente, sobrecarregando os serviços humanitários e criando um desafio político para a atual administração. Uma análise sobre algumas das crianças imigrantes que fizeram a travessia e seguiram para NJ mostra as longas dificuldades que enfrentam e as esperanças que as fazem continuar vindo de qualquer maneira.

"No que me diz respeito, não tenho família e o que preciso fazer é me levantar e seguir em frente'', disse Dario, que fez 18 anos em dezembro." Eu pensei erroneamente. Ia ser diferente, que eu teria o sustento da família e receberia o apoio de outros. Mas não foi assim".

Dario está entre as mais de 275 mil crianças que cruzaram a fronteira sem um dos pais, desde outubro de 2014, quando todos fugiam da violência e pobreza, principalmente de El Salvador, Guatemala e Honduras.

Esses números permaneceram altos nos anos que se seguiram, com exceção do ano passado, em parte devido à pandemia e também às políticas do ex-presidente Donald Trump, que incluíam expulsões de crianças desacompanhadas sob regras que buscavam limitar a disseminação do coronavírus.

Durante os últimos nove meses, esses números começaram a aumentar novamente, com mais de 60 mil menores desacompanhados entrando pela fronteira. O ressurgimento fez com que as autoridades lutassem para estabelecer moradias temporárias, mesmo enquanto procuram pais e outros responsáveis ​​para ficarem sob custódia. "O número de crianças chegando neste ano será o maior já registrado", disse Mark Greenberg, pesquisador sênior do Migration Policy Institute, com sede em Washington.

New Jersey recebeu quase 15 mil menores desacompanhados desde 2014. Entre o início do ano fiscal do governo federal, em outubro, e abril deste ano, 1.470 foram liberados para um pai ou parente que vivem no Garden State.

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Fonte: Da redação