Publicado em 1/03/2022 as 9:00am
Vários restos humanos são encontrados em “local de extermínio” de cartel próximo à fronteira dos EUA
De acordo com as informações, após seis meses de trabalho, os técnicos forenses ainda não se atrevem a oferecer uma estimativa de quantas pessoas estavam entre os restos humanos encontrados.
Da redação
Uma revelação feita no começo desta semana chocou a todos. Vários restos humanos foram encontrados em um local aparentemente usado pelos carteis para o extermínio de pessoas. Para os investigadores, o pé humano - queimado, mas com algum tecido ainda preso - foi a dica: até recentemente, a casa em ruínas era um lugar onde corpos eram dilacerados e incinerados, onde os restos de alguns desaparecidos foram obliteradas.
De acordo com as informações, após seis meses de trabalho, os técnicos forenses ainda não se atrevem a oferecer uma estimativa de quantas pessoas estavam entre os restos humanos encontrados.
Em uma única sala, os restos humanos e material encontrado chega a 60 centímetros de altura.
Pedaços de ossos incontáveis estavam espalhados por uma área de 696.773 metros quadrados. Fios torcidos, aparentemente usados para amarrar as vítimas, foram encontrados no meio do mato.
Todos os dias, os técnicos colocam o que encontram - ossos, botões, brincos, retalhos de roupas - em sacos de papel rotulados com seu conteúdo. Eles são enviados para o laboratório forense na capital do estado Ciudad Victoria, onde são colocados em caixas de papelão. Os restos ficam muito tempo neste local, pois não há recursos suficientes.
São muitos fragmentos, muitos desaparecidos, muitos mortos. As autoridades não sabem quem são. Podem ser rivais dos carteis, mexicanos desaparecidos e até imigrantes de outros países que foram capturados quando tentavam entrar nos Estados Unidos.
De acordo com as informações, existem mais 100 mil desaparecidos registrados pelo governo mexicano. Existem 52 mil pessoas não identificadas em necrotérios e cemitérios e muitos outros lugares como este que são usados para esconder pessoas mortas pelas gangues.
E as pessoas continuam a desaparecer. E mais restos são encontrados.
Além de não identificar os corpos, os culpados também não vão a justiça. De acordo com dados recentes do auditor federal do México, das mais de 1.600 investigações de pessoas desaparecidas abertos pela Procuradoria-Geral, nenhuma chegou aos tribunais.