Departamento de Justiça acusa falso advogado de imigração na Pensilvânia

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, sigla em inglês) anunciou acusações federais contra um homem da Pensilvânia por seu envolvimento em um esquema para fraudar o governo. De acordo com a denúncia, ele enviava “falsas solicitações” de Visto U em nome de imigrantes que o contratavam.

De acordo com um comunicado de imprensa do DOJ, a atividade fraudulenta ocorreu em 2017 e 2018, quando o acusado, que reside na Filadélfia, se apresentava falsamente como advogado de imigração.

Enquanto dirigia a Organização de African Hispanic Immigration Organization, em Pennsauken New Jersey, o homem se apresentava como um advogado de imigração “licenciado e qualificado”. Na realidade, ele não tinha licença para exercer a advocacia na Pensilvânia ou em New Jersey.

Depois de adquirir clientes, o homem preparou e enviou documentos falsos e fraudulentos de solicitação de visto U ao Departamento de Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, sigla em inglês) em nome de clientes imigrantes, de quem ele cobrou honorários advocatícios.

O programa U Visa, criado com a aprovação da Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico e da Violência, em outubro de 2000, prevê que imigrantes que foram vítimas de certos crimes qualificados nos Estados Unidos possam ser elegíveis para obter um visto para residir residência no país.

A legislação pretende fortalecer a capacidade das agências responsáveis pela de aplicação da lei para investigar e processar casos de violência doméstica, agressão sexual, tráfico de imigrantes e outros crimes, além de proteger as vítimas de crimes que sofreram abuso físico ou mental devido a algum crime e estão dispostas a ajudar as autoridades policiais na investigação ou acusação de uma atividade criminosa.

O homem da Filadélfia concentrou sua atividade fraudulenta na preparação e envio de documentos, falsos, para inscrição no programa U Visa.

Especificamente, os documentos que ele preparou incluíam alegações fraudulentas, incluindo que os imigrantes foram vítimas de crimes qualificados, nomes falsos, assinaturas falsas e outros meios falsos de identificação. Nenhum dos indivíduos que ele representou recebeu um visto U.

Após uma investigação sobre o esquema, o Procurador dos EUA indiciou o homem de seis acusações de apresentação de documentos falsos de imigração e seis acusações de roubo agravado de identidade.

A fraude de documentos de imigração é uma ofensa grave e acarreta até 10 anos de prisão e multa máxima de US$ 250.000,00. O roubo de identidade agravado acarreta até dois anos de prisão, que deve ser cumprida consecutivamente a qualquer outra pena de prisão imposta, bem como uma multa máxima de US$ 250.000.

O réu compareceu ao tribunal federal no final de fevereiro. Como em qualquer caso criminal, as acusações são apenas alegações e ainda não foram comprovadas.

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