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Publicado em 24/08/2022 as 6:00am

Agenciadores mineiros responsáveis por brasileiro que morreu na fronteira contrabandearam 235 pessoas

Da redação No começo da semana, a Polícia Federal do Brasil revelou que o brasileiro que...

Agenciadores mineiros responsáveis por brasileiro que morreu na fronteira contrabandearam 235 pessoas Agenciadores mineiros responsáveis por brasileiro que morreu na fronteira contrabandearam 235 pessoas

Da redação

No começo da semana, a Polícia Federal do Brasil revelou que o brasileiro que morreu durante a travessia na fronteira rumo aos Estados Unidos foi abandonado pelo coiote que, supostamente, seria o responsável em garantir a segurança dele durante todo o trajeto.

Além disso, as autoridades revelaram os nomes dos agenciadores responsáveis por todo o processo.

De acordo com a PF, os três agenciadores são de Governador Valadares (Minas Gerais) e são suspeitos de contrabandear 235 brasileiros para os Estados Unidos, através da fronteira com o México. Deste total, 77 era menores de idade e supostamente foram em unidades familiares para entrar no país pelo esquema “cai-cai”.

O Ministério Público Federal denunciou Erlon Gomes da Silva, Evânio Paraíso Peres e David Gonçalves dos Santos. Eles também responderão pela morte de Ayron Henrickson Fernandes Gonçalves, de 21 anos. O jovem morreu durante uma travessia no dia 13 de abril do ano passado.

Uma investigação revelou que Ayron pagou US$ 14 mil para os coiotes. Ele deixou o Brasil em 10 de abril do ano passado e o último contato feito com a família aconteceu no dia de sua morte. De acordo com a denúncia, “no momento da travessia ele se sentiu mal e foi abandonado à própria sorte pelos atravessadores, falecendo tragicamente em razão de insuficiência respiratória aguda causado por um edema pulmonar”.

A família procurou a PF que conseguiu, na Justiça, a quebra do sigilo telefônico dos envolvidos. De acordo com os investigadores, em uma das conversas gravadas, Erlon afirma que “o coiote chegou lá e mandou eles correrem, subir o morro e que o Ayron disparou na frente. Quando chegou lá na frente passou mal”.

O acusado, no entanto, negou para a família da vítima que o jovem havia morrido e dizia que que ele estava detido por agentes de imigração dos EUA e que tudo estava sendo resolvido.
Esta investigação deu início à operação “Relicta Mori”, em 21 de junho deste ano. Na ocasião, dois suspeitos foram presos.

Evânio não foi detido porque vive no México e é responsável pelo recebimento dos brasileiros agenciados pela quadrilha de coiotes.

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