Imigrantes em caravana a caminho dos EUA denunciam agressões, roubo e estupro.

A redação

Uma caravana com 500 imigrantes que partiu nesta terça-feira dia 23 da fronteira sul do México avançou cerca de 80 quilômetros até a cidade de Villa Comaltitlan em meio a reclamações feitas por membros de que foram roubados e estuprados.

De acordo com as informações, existem pessoas de cerca de 10 países.

As denúncias dizem que alguns membros sofreram agressões, tiveram seus pertences roubados e uma mulher grávida foi estuprada.

Os agressores ainda não foram identificados, mas os crimes teriam acontecidos entre Huehuetan e Huixtla.

Lenin Sanado, um imigrante venezuelano, disse que ele e seus companheiros foram vítimas da falta de segurança e dos supostos ladrões e estupradores simplesmente porque evitaram o check-in em um posto de imigração.

“Somos pessoas pacíficas e só queremos que eles nos deem passagem gratuita para o nosso destino”, disse.

Outro imigrante, que pediu para não ser identificado, disse que os integrantes da caravana não estão pedindo comida, dinheiro ou lugar para dormir, mas sim permissão temporária para transitar pelo país a caminho da fronteira com os EUA.

“Se as autoridades mexicanas nos pedem para pagar US$ 100, nós pagamos e partimos, porque não queremos ficar em seu país, mas estão nos forçando a fazer coisas, onde mulheres e crianças estão sendo colocado em risco para avançar”, disse ele.

A caravana se desfez em grande parte em Villa Comaltitlan, e seus membros estão agora avançando em pequenos grupos, alguns de ônibus, enquanto outros não têm dinheiro para pagar a passagem e estão tendo que caminhar a pé pelas estradas em temperaturas acima de 36 C (97 F).

A caravana está a ser acompanhada por uma equipe da Guarda Nacional, uma ambulância e agentes do Instituto Nacional de Imigração (INM).

Alguns dos imigrantes já foram deportados dos Estados Unidos e esperam conseguir chegar à fronteira, onde pretendem atravessar ilegalmente.

As caravanas a caminho dos EUA estão aumentando e o fluxo de imigrantes na fronteira é recorde.

Dados mostram que o Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras interceptou mais de 1,7 milhão de pessoas até agora durante o ano fiscal de 2022, que começou em outubro passado e vai até 30 de setembro.