Quatro pessoas são indiciadas por lavagem de dinheiro em rede de contrabando humano em vários estados

Um grande júri federal no Distrito Sul do Texas apresentou uma acusação contra quatro réus por conspiração para lavagem de dinheiro. As novas acusações foram feitas contra Erminia Serrano Piedra, também conhecida como Irma ou como Boss Lady, 32, de Elgin, Texas; Oscar Angel Monroy Alcibar, também conhecido como Pelon, 40, também de Elgin; Pedro Hairo Abrigo, 34, de Killeen, Texas; e Juan Diego Martinez-Rodriguez, também conhecido como Gavilan, 38, de Dale, Texas.

Conforme alegado na acusação, os réus se envolveram em transações financeiras destinadas a ocultar a natureza, localização, fonte, propriedade e controle de receitas ilícitas de contrabando de seres humanos e acolhimento e transporte ilegais de imigrantes indocumentados.

Os réus também, supostamente, usaram negócios e contas comerciais para transferir os lucros do contrabando humano. Além disso, eles recrutaram indivíduos para receber o dinheiro que depois eram repassados aos líderes da organização.

A acusação observa o confisco criminal de três propriedades com valores atualmente estimados em aproximadamente US$ 2,275 milhões, US$ 515.000 e US$ 344.000, bem como a apreensão de US$ 2.945.027 em dinheiro.

Três dos quatro réus anteriormente foram acusados ​​de contrabando humano em uma acusação apresentada no Distrito Sul do Texas e aberta em 13 de setembro de 2022. Essa acusação foi o resultado de uma operação para interromper e desmantelar uma suposta organização de contrabando humano operando no Texas e em outros lugares. Ela resultou na prisão de 14 suspeitos de serem contrabandistas de seres humanos, membros de uma organização liderada por Piedra, que facilitou o transporte e movimentação ilegal de centenas de imigrantes dentro dos Estados Unidos e abrigou e ocultou esses imigrantes.

Os imigrantes eram do México, Guatemala e Colômbia e eles ou suas famílias supostamente pagaram a membros da organização para ajudá-los a viajar ilegalmente para e dentro dos Estados Unidos. De acordo com a acusação, a organização usou motoristas para pegar imigrantes perto da fronteira com o México e transportá-los para o interior do país, muitas vezes abrigando-os em “esconderijos” ao longo do caminho em locais como Laredo e Austin.

Os motoristas escondiam os imigrantes em malas colocadas em picapes ou os amontoavam na traseira de caminhões, tanques de água reaproveitados e caixotes de madeira amarrados a reboques.

Esses métodos colocavam a vida dos imigrantes em perigo, porque eles eram frequentemente mantidos em espaços confinados com pouca ventilação, que ficavam superaquecidos e eram conduzidos em alta velocidade sem dispositivos de segurança veicular.