Publicado em 30/09/2023 as 9:00am
EUA restringem visto a 100 funcionários da Nicarágua
Da redação Nesta sexta-feira (29/09) o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a...
Da redação
Nesta sexta-feira (29/09) o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a aplicação de restrições de visto a 100 funcionários municipais da Nicarágua, em resposta às persistentes violações das liberdades civis no país centro-americano. O Secretário de Estado, Antony Blinken, fez o anúncio destacando a preocupação com a contínua repressão das liberdades civis na Nicarágua.
Nos últimos anos, a Nicarágua tem enfrentado uma escalada de detenções de opositores políticos e ativistas, especialmente após os protestos de 2018 contra o presidente Daniel Ortega, que se mantém no poder desde 2007 e cujas reeleições têm sido alvo de críticas dos Estados Unidos e da União Europeia.
O comunicado oficial do Departamento de Estado enfatiza que essas restrições de visto foram aplicadas aos funcionários municipais nicaraguenses devido ao seu suposto envolvimento em apoiar os ataques do regime de Ortega contra os direitos humanos, as liberdades fundamentais e a repressão de organizações da sociedade civil.
Desde agosto, o governo de Ortega e sua esposa, Rosario Murillo, têm fechado e confiscado propriedades da Universidade Centro-Americana (UCA) e do Instituto Centro-Americano de Administração de Empresas, duas instituições de grande prestígio no país. Além disso, o governo Ortega também tem direcionado seus esforços contra instituições acadêmicas independentes, prejudicando as aspirações dos nicaraguenses em busca de um futuro melhor em seu próprio país.
O comunicado oficial de Washington informa que mais de 1.000 funcionários nicaraguenses já foram afetados por restrições de visto, incluindo aqueles envolvidos em violações dos direitos humanos, na repressão de vozes independentes e em casos de corrupção.
Antony Blinken reiterou o apelo dos Estados Unidos ao governo de Manágua para que liberte imediatamente aqueles que estão detidos injustamente devido ao seu apoio à sociedade civil e à liberdade de expressão, incluindo o Bispo Rolando Álvarez.
O Secretário de Estado também deixou claro que os Estados Unidos continuarão a trabalhar em conjunto com a comunidade internacional para responsabilizar aqueles que minam a democracia na Nicarágua e para apoiar as liberdades fundamentais do povo nicaraguense.