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Publicado em 27/10/2023 as 10:00am

EUA registram recorde de imigrantes na fronteira com o México pelo Segundo mês consecutivo

Em resposta a esse aumento significativo, a CBP está intensificando seus recursos e pessoal ao longo da fronteira sudoeste.


Imagem ilustrativa

Novos dados fornecidos pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) lançam luz sobre a situação alarmante na fronteira sul dos Estados Unidos. Somente em setembro, foi registrado um recorde de 270.000 encontros com migrantes, contribuindo para um total de 2,47 milhões de encontros durante o ano fiscal de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que esse número ultrapassa os 2 milhões.

Em resposta a esse aumento significativo, a CBP está intensificando seus recursos e pessoal ao longo da fronteira sudoeste. A agência está colaborando estreitamente com parceiros nacionais e internacionais para enfrentar esse desafio sem precedentes. O Comissário Interino, Troy A. Miller, sublinhou o compromisso da agência com a vigilância e a adaptação de suas operações, ao mesmo tempo em que aplica rigorosamente as leis de imigração dos Estados Unidos. Miller observou que, nos últimos quatro meses, o Departamento de Segurança Interna (DHS) removeu ou retornou mais membros de famílias individuais do que em qualquer ano fiscal anterior. Em setembro de 2023, a Patrulha de Fronteira dos EUA registrou um total de 218.763 encontros entre pontos de entrada ao longo da fronteira sudoeste.

Enquanto as nações debatem sobre como lidar com a migração em massa de milhões de pessoas da América Central e do Sul, o México desempenhou recentemente um papel de destaque, sediando um diálogo que envolveu 12 outras nações em Palenque, México, um importante ponto de entrada para migrantes vindos da Guatemala. Os líderes que participaram da cúpula representaram países da América Latina e do Caribe que estão contribuindo para esse recorde de fluxo de migrantes. Muitas dessas nações estão enfrentando o desafio do grande número de pessoas que cruzam suas fronteiras. Durante as discussões, houve um enfoque nos fatores que impulsionam a mobilidade humana, incluindo pobreza, desigualdade, falta de oportunidades de emprego e os efeitos das mudanças climáticas.

A Secretária de Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, destacou o considerável contingente de migrantes provenientes de nações como Venezuela, Guatemala e Honduras, enfatizando a urgência de abordar as causas profundas desse fenômeno. Bárcena observou que, somente em setembro, 35.000 migrantes vieram da Guatemala e 27.000 de Honduras, enfatizando a necessidade de uma abordagem conjunta para entender as raízes dessa questão. "Os países que convidamos para a cúpula, ou seja, a Reunião de Palenque, são justamente aqueles que estão enviando esse grande número de migrantes para o México e os Estados Unidos. Isso nos obriga a nos sentarmos e analisarmos profundamente as causas subjacentes. Não é viável gerenciar de maneira eficaz quando estamos enfrentando a chegada de 60.000 venezuelanos por mês", disse Bárcena.

Especialistas sugerem que o México pretende demonstrar solidariedade com as nações da América Latina, priorizando a cooperação regional sobre os interesses exclusivos dos Estados Unidos.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a administração Biden se prepara para sediar uma cúpula similar no início de novembro. Um alto funcionário da Casa Branca observou que o objetivo da cúpula é abordar as causas raiz da migração irregular no Hemisfério Ocidental. O Presidente Biden também solicitou um aporte de $6 bilhões para reforçar os recursos na sobrecarregada fronteira sul. Segundo a Casa Branca, esses fundos são essenciais para fornecer os recursos necessários ao pessoal encarregado da aplicação da lei, a fim de manter a segurança na fronteira sudoeste e combater o tráfico de fentanil para os Estados Unidos.



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