Publicado em 8/11/2023 as 2:00pm
Quatro guatemaltecos são condenados por tráfico de imigrantes
López Mateo Mateo, também conhecido como "Bud Light" e com 43 anos de idade, recebeu a pena mais rigorosa, sendo condenado a 30 anos de prisão. Já Felipe Diego Alonzo, conhecido como "Siete" e com 40 anos, enfrentará uma pena de 19 anos e sete meses de prisão.
Quatro cidadãos guatemaltecos foram recentemente condenados a penas de prisão que variam de 10 a 30 anos, de acordo com o anúncio feito pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos nesta quarta-feira (1). Essas condenações foram resultado de seu envolvimento em tráfico de imigrantes, bem como pelo trágico falecimento de um jovem indígena durante uma das jornadas.
López Mateo Mateo, também conhecido como "Bud Light" e com 43 anos de idade, recebeu a pena mais rigorosa, sendo condenado a 30 anos de prisão. Já Felipe Diego Alonzo, conhecido como "Siete" e com 40 anos, enfrentará uma pena de 19 anos e sete meses de prisão.
Nesly Norberto Martínez Gómez, conhecido como "Canche" e com 38 anos, e Juan Gutiérrez Castro, conhecido como "Andrés" e com 46 anos, foram condenados a penas de 10 anos e um mês de prisão, respectivamente.
Segundo o procurador-geral Merrick B. Garland, "Os quatro condenados neste caso fizeram parte de uma operação mortal de tráfico de pessoas, que colocou em risco migrantes vulneráveis visando lucro e resultou na perda de uma vida". Essas palavras refletem a gravidade dos crimes pelos quais foram condenados.
Documentos judiciais revelaram que os acusados, presumivelmente em colaboração com outros traficantes de seres humanos, facilitaram a jornada de um grande contingente de migrantes guatemaltecos até os Estados Unidos, passando pelo México. Os traficantes cobraram quantias que variavam entre 10.000 dólares (cerca de R$ 52.000) e 12.000 dólares (cerca de R$ 62.000) dos migrantes e suas famílias em troca da travessia perigosa.
Uma tragédia ocorreu em abril de 2021, quando um jovem indígena guatemalteco perdeu a vida durante uma dessas jornadas. A família da vítima havia pago aproximadamente 10.000 dólares aos acusados como garantia de que chegariam aos Estados Unidos. Segundo os documentos judiciais, os réus e seus cúmplices orientaram a vítima durante vários dias, atravessando a pé o deserto até chegarem a Odessa, no Texas, onde ocorreu o fatídico falecimento. O corpo foi posteriormente descartado à beira de uma estrada rural. Além disso, concordaram em efetuar um pagamento à família da vítima, conforme detalhado no comunicado oficial.
Alejandro Mayorkas, secretário de Segurança Nacional, afirmou que "os traficantes de pessoas farão de tudo em busca de lucro, e o Departamento de Segurança Nacional fará todo o possível para detê-los."
Os quatro réus foram detidos no ano de 2022, em resultado de uma eficaz colaboração entre as autoridades americanas e guatemaltecas, o que também resultou na prisão de outras 15 pessoas. Essa operação foi conduzida pela Força-Tarefa Conjunta Alpha, estabelecida em junho de 2021 para combater o crescente tráfico de migrantes oriundos da América Central. Desde então, o Departamento de Justiça informou que prendeu 260 pessoas e condenou 150 por crimes relacionados ao tráfico de pessoas.
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