Publicado em 28/11/2023 as 1:00pm
Crise na Fronteira: Presidente Biden solicita verba e gera controvérsias
da redação A situação na fronteira sul dos Estados Unidos atinge níveis preocupantes, e o...
da redação
A situação na fronteira sul dos Estados Unidos atinge níveis preocupantes, e o mais recente pedido de financiamento do presidente Biden, superando os US$ 100 bilhões em nome da segurança nacional, tem gerado polêmicas.
Os republicanos e democratas têm visões opostas sobre como lidar com a crise. Enquanto os republicanos buscam conter o fluxo de imigrantes ilegais, os democratas buscam facilitar esse movimento. O cerne da discordância está na falta de abordagem direta ao problema de uma fronteira amplamente desprotegida.
Os democratas defendem a destinação de recursos dos contribuintes para cidades santuário e serviços sociais voltados aos imigrantes ilegais. Em contrapartida, os republicanos propõem a conclusão do muro fronteiriço, aumento de verbas para agentes da Patrulha de Fronteira e alterações substanciais na política vigente.
A linha na areia é o Rio Grande, marcando o ponto em que a segurança nacional deve ter início. Contudo, o presidente e os democratas no Senado parecem hesitar em reconhecer essa verdade fundamental.
Durante sua campanha presidencial, Biden prometeu uma abordagem mais humanitária, comprometendo-se a "enviar à fronteira todas as pessoas que estão buscando asilo". Entretanto, o aumento contínuo de milhões de imigrantes ilegais desde que assumiu o cargo coloca em dúvida a eficácia dessa abordagem.
A fronteira entre os EUA e o México agora é considerada a travessia mais perigosa do mundo, atraindo criminosos, contrabandistas e suspeitos de terrorismo. A quantidade de pessoas que perdem a vida ou desaparecem na fronteira é equivalente a um tiroteio em massa a cada semana.
No último mês, quase 241.000 pessoas foram detidas atravessando ilegalmente, marcando o pior outubro registrado para travessias ilegais na fronteira. Ao todo, impressionantes 8,4 milhões de estrangeiros ilegais cruzaram a fronteira nos primeiros três anos do governo Biden, incluindo 279 na lista de vigilância antiterrorismo do FBI.
A crise de segurança nacional está se agravando, e os EUA estão apenas começando a perceber a gravidade desse desastre na fronteira. Com uma projeção de 10 milhões de chegadas até as eleições do próximo ano, surge a preocupação: quantos são terroristas, criminosos ou traficantes de fentanil? A aparente indiferença dos democratas levanta questionamentos.
No Senado, os democratas não tomaram medidas efetivas para enfrentar essa crise. O líder da maioria, Chuck Schumer, não submeteu a votação nenhum projeto de lei capaz de deter o fluxo de imigrantes ilegais e drogas mortais.
Durante uma visita à fronteira sul no mês passado, agentes da Patrulha de Fronteira relataram a ausência de democratas do Senado. Aqueles que apareceram concentraram-se no conforto dos imigrantes e na rápida liberação, demonstrando uma falta de políticas concretas para garantir a fronteira.
Os republicanos, por outro lado, propõem fortalecer a fronteira sul com soluções comprovadas. Medidas como a conclusão do muro, testes de DNA para impedir a exploração de crianças pelos traficantes e a restauração da política "Permanecer no México" são apontadas como ações sensatas e imediatas.
Vergonhosamente, em vez de considerar essas soluções, o senador Schumer prefere inação, rotulando a proposta republicana como "completa não-iniciativa" para os democratas.
É imperativo que Schumer encare a realidade. A política de portas abertas aos imigrantes ilegais causou danos significativos ao país, como atesta o prefeito de Nova York, Eric Adams, ao afirmar que o fluxo de imigração ilegal está "destruindo" a cidade.
O povo americano sente o peso do desastre na fronteira de Biden. Milhares perderam familiares para o fentanil, e a ameaça de um ataque terrorista aumenta, conforme alertado recentemente pelo Departamento de Segurança Interna.
Esta é uma situação de extrema gravidade, e as políticas de fronteira aberta dos democratas a originaram. O pedido de orçamento suplementar do presidente Biden só agravaria a crise. Em um mundo cada vez mais perigoso, a segurança real na fronteira é uma necessidade nacional prioritária. As soluções republicanas devem ser incorporadas a qualquer projeto de lei de segurança nacional enviado ao presidente, pois sem elas, não haverá tal projeto. John Barrasso, republicano que representa Wyoming no Senado dos EUA e médico, preside a Conferência Republicana do Senado e é membro sênior do Comitê de Energia e Recursos Naturais do Senado.