Resolução contra programa de imigração falha em condado do Missouri

O Condado de St. Charles, no Missouri, viu a votação de uma resolução controversa relacionada à imigração na noite de segunda-feira (27/11), resultando em um impasse de 3-3 entre os líderes locais. A medida era contrária a um programa que permite a vinda de imigrantes latinos para a região, necessitando de quatro votos para ser aprovada.

Originalmente, a resolução foi adiada em 13 de novembro, devido à ausência de dois dos co-patrocinadores na reunião do conselho. No entanto, na segunda-feira, o Conselho do Condado de St. Charles se reuniu novamente para discutir e votar sobre a Resolução Substitutiva 2308.

Joe Brazil, um dos três membros do conselho do condado que patrocinam a medida, destacou a clareza das intenções da resolução. Após debates acalorados e uma redação não clara, Brazil ajustou a resolução para opor-se à importação de migrantes ilegais para a região metropolitana de St. Louis.

Ele argumentou que o programa em questão não passou pelo Congresso e foi implementado sem a devida autorização, levando 20 estados a processarem o governo federal e o Departamento de Segurança Interna. Brazil afirmou que, na visão de 20 procuradores-gerais, esses imigrantes são considerados ilegais.

As ações legais decorreram de um programa federal que permitiu a entrada nos Estados Unidos de pessoas vindas de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela. Segundo Brazil, esse programa está financiado apenas por três meses.

A nova resolução expressa a oposição forte do Conselho do Condado de St. Charles ao programa do Departamento de Segurança Interna (DHS), enquanto a litigação está em andamento. Brazil ressaltou que o conselho acolhe todos os imigrantes legais, desde que sigam todas as leis federais e estaduais aplicáveis.

O senador estadual Bill Eigel, do Distrito 23, expressou apoio à resolução durante a reunião, enfatizando sua política de não permitir a entrada de mais imigrantes ilegais e enviar de volta aqueles que já estão no país de maneira irregular.

O Instituto Internacional de St. Louis, que trabalha diretamente com imigrantes latinos, respondeu à resolução ajustada, afirmando que ela continua confundindo um programa legal humanitário com migrantes indocumentados. O Instituto expressou preocupação de que a resolução, em sua essência, faça com que os imigrantes se sintam indesejados, prejudicando a região.

Apesar da confiança de Brazil na aprovação da resolução, ela falhou em uma votação empatada de 3-3, com um membro ausente. Após o fracasso, o Projeto de Ação Comunitária de Migrantes e Imigrantes (MICA) emitiu uma declaração, rotulando a resolução como racista, xenofóbica e enganosa. O MICA instou a comunidade a se informar sobre a verdadeira natureza da imigração e a considerar como a conversa pode ser direcionada para reconhecer o valor e a dignidade de todas as pessoas, independentemente de seu status.

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Fonte: Da redação