Guarda Nacional do Texas nega ter ignorado ajuda à mulher imigrante com criança em rio

A Guarda Nacional do Texas refutou veementemente as acusações de uma ativista de imigração, que alegou que a força de segurança ignorou o pedido de socorro de uma imigrante enquanto ela lutava para atravessar o Rio Grande com uma criança nos braços.

Imagens de vídeo, gravadas por Priscilla Lugo, coordenadora de defesa da justiça da organização sem fins lucrativos Latino Justice PRLDEF, mostram uma mulher segurando um bebê chorando nos braços no Rio Grande, gritando por ajuda. A cena se desenrolou enquanto membros da Guarda Nacional do Texas observavam de dois barcos próximos, sem intervir.

O incidente ocorreu na terça-feira, 12 de dezembro, em Eagle Pass, no Rio Grande, enquanto Lugo e sua equipe trabalhavam em um projeto de mídia digital relacionado à segurança pública e à Operação Lone Star, uma iniciativa do governo do estado do Texas para conter a imigração ilegal.

De acordo com relatos de Lugo à CNN, um grupo de quatro pessoas, incluindo dois homens, uma mulher e uma criança, tentou entrar nos Estados Unidos pelo México atravessando o rio. Enquanto os dois homens conseguiram atravessar com sucesso, a mulher, carregando uma criança de cerca de 3 a 4 anos, lutou para vencer a correnteza.

O vídeo, gravado uma semana antes da Patrulha de Fronteira dos EUA processar 10.500 imigrantes que cruzaram ilegalmente a fronteira do México para os EUA em um único dia, mostra a mulher pedindo desesperadamente ajuda aos membros da Guarda Nacional do Texas. Apesar dos apelos e das lágrimas da mulher, os guardas permaneceram em seus barcos, observando passivamente.

Em resposta às acusações, o Departamento Militar do Texas divulgou um comunicado, afirmando que os soldados da Guarda Nacional abordaram a situação de barco e determinaram que não havia sinais de sofrimento médico, ferimento ou incapacitação. Alegam também que tinham a capacidade de retornar à curta distância até a costa mexicana, permanecendo no local para monitorar a situação.

Lugo, indignada com a aparente falta de resposta, entrou em contato com o Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, sigla em inglês) sobre o incidente. A agência respondeu solicitando os vídeos e comprometendo-se a investigar o ocorrido, ressaltando que os oficiais da CBP têm permissão para prestar assistência e já o fizeram no passado.

O episódio reacende o debate sobre a segurança e empatia necessárias em situações de risco para migrantes, destacando os desafios humanitários nas fronteiras e gerando questionamentos sobre as políticas de resposta em momentos críticos.

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Fonte: Da redação