Ex-funcionário da Patrulha de Fronteira admite culpa por contrabando de imigrantes e subornos

Um ex-funcionário do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP, sigla em inglês) admitiu ter contrabandeado imigrantes e recebido subornos para permitir a passagem de cocaína por uma ponte internacional em Laredo, no Texas.

De acordo com as autoridades, Emanuel Isac Celedon, 36 anos, declarou-se culpado na segunda-feira, dia 11, de quatro acusações de trazer um imigrante para os Estados Unidos através da Ponte Internacional Juarez-Lincoln.

Em um caso separado, ele também admitiu suborno e tentativa de importação de cocaína por aceitar dinheiro para permitir que a droga cruzasse para os Estados Unidos a partir do México, disse o Escritório do Procurador dos Estados Unidos.

Os juízes Diana Saldaña e Marina Garcia Marmolejo sentenciarão Celedon em datas posteriores nos casos de contrabando e suborno, respectivamente. Ele permanecerá sob custódia aguardando essas audiências de sentença.

Celedon enfrenta até 10 a 15 anos pelos casos de contrabando de pessoas, 15 anos pelo suborno e 40 anos pelas acusações ajudar no tráfico de cocaína. Ele também pode ter que pagar centenas de milhares de dólares em multas.

O Departamento de Segurança Interna - Escritório do Inspetor Geral, Administração de Repressão às Drogas, Investigações de Segurança Interna e Responsabilidade Profissional da CBP conduziram a investigação com assistência do Departamento de Segurança Pública do Texas, Patrulha de Fronteira, Escritório do Xerife do Condado de Webb e Centro Forense Conjunto da CBP em Laredo.

Os procuradores-assistentes dos EUA (AUSA) Jennifer Day e Richard Bennett estão processando ambos os casos. O AUSA Brian Bajew lidou com o plea na segunda-feira.

"Como parte da conspiração de contrabando, Celedon forneceu sua designação diária de faixa a conspiradores para permitir a entrada sem inspeção ou documentação de passageiros. Isso ocorreu em pelo menos nove ocasiões entre setembro e novembro de 2023", disse o Escritório do Procurador dos Estados Unidos.

"As autoridades também descobriram que durante pelo menos dois desses eventos de contrabando, Celedon inseriu falsamente informações em um banco de dados da CBP para evitar o envio do motorista para uma inspeção secundária obrigatória."

Investigações adicionais revelaram que Celedon pediu a outros que transmitissem informações sobre seu papel aos contrabandistas mexicanos na tentativa de tranquilizá-los de que ele estava fazendo sua parte para facilitar os esforços de contrabando de pessoas da organização, disseram as autoridades.

Quando foi preso, a aplicação da lei apreendeu US$ 1.980 de Celedon. Ele então admitiu que eram produtos do contrabando de pessoas, segundo as autoridades.

"Em um caso separado, Celedon concordou em contrabandear o que ele acreditava serem quilogramas de cocaína do México através de sua faixa de serviço na ponte de Laredo em duas ocasiões em outubro de 2023", disse o Escritório do Procurador dos Estados Unidos.

"Celedon procurou contatos dentro dos cartéis que pagariam a ele para contrabandear cocaína através da (ponte). A investigação disfarçada revelou que Celedon expressou seu interesse em contrabandear cocaína em troca de pagamento, forneceu seu horário de serviço e instruiu outros a direcionar veículos para sua faixa para que ele pudesse permitir que eles atravessassem com segurança para os Estados Unidos."

Celedon recebeu um pagamento de US$ 6.000 depois que os veículos com cocaína falsa atravessaram com segurança a ponte, disseram as autoridades.