Publicado em 15/04/2024 as 8:00am
Trump utiliza tragédia em Michigan para reforçar discurso anti-imigração
Durante eventos de campanha em Michigan e Wisconsin no dia 02, Donald Trump usou a recente...
Durante eventos de campanha em Michigan e Wisconsin no dia 02, Donald Trump usou a recente tragédia envolvendo a morte de uma mulher de Grand Rapids (MI) para alimentar sua retórica inflamatória, acusando o presidente Joe Biden de ser responsável por um aumento da violência na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
A vítima, Ruby Garcia, de 25 anos, foi encontrada sem vida à beira de uma rodovia de Grand Rapids em 22 de março. Autoridades locais afirmam que ela mantinha um relacionamento amoroso com o suspeito, Brandon Ortiz-Vite, cidadão mexicano.
Imigração tem sido um dos pontos centrais da campanha de reeleição de Trump. O ex-presidente frequentemente destaca incidentes envolvendo imigrantes para suscitar preocupações sobre as políticas fronteiriças de Biden. Na terça-feira, ele tentou ligar a morte de Garcia à de Laken Riley, uma estudante de enfermagem da Geórgia, supostamente morta por um imigrante ilegal.
Apesar de as autoridades considerarem a morte de Riley como aleatória, o caso de Garcia é diferente.
A campanha de Trump alegou que Garcia foi morta por um imigrante "em uma tentativa de roubo de carro", uma afirmação que transmite uma sensação de aleatoriedade não corroborada pelos fatos.
Na noite de 22 de março, um policial de Grand Rapids encontrou Garcia à beira da rodovia, com múltiplos ferimentos à bala na cabeça.
Segundo documentos judiciais, Ortiz confessou às autoridades que disparou várias vezes contra Garcia durante uma discussão dentro do carro dela. Ele então saiu do lado do passageiro, contornou a parte traseira do veículo e abriu a porta do motorista. Disse ter atirado novamente em Garcia porque acreditava que ela ainda estava viva. Em seguida, arrastou o corpo para fora do carro e fugiu do local.
Ortiz enfrenta acusações de homicídio doloso, roubo de veículo, porte ilegal de arma e posse de arma de fogo. Ele foi preso com uma pistola Taurus 9mm, que afirmou ter adquirido ilegalmente.
As autoridades confirmaram que ele e a vítima mantinham um relacionamento. O promotor do condado de Kent, Chris Becker, ao anunciar as acusações, afirmou que esse era mais um caso de homicídio decorrente de violência doméstica, fenômeno recorrente nos últimos anos.
O caso atraiu pouca atenção até que veículos de mídia conservadora começaram a relatar a condição de imigrante ilegal de Ortiz-Vite. Republicanos de Michigan rapidamente utilizaram o caso para criticar as políticas de imigração de Biden. Pouco depois, Trump anunciou sua visita a Grand Rapids para um evento de campanha.
Inicialmente, Trump se referiu corretamente a Garcia como uma mulher de 25 anos, mas depois afirmou que ela tinha apenas 17 anos. Ele também declarou que sua administração havia deportado Ortiz-Vite, mas não tem como confirmar se o retorno dele aos EUA ocorreu durante o governo de Biden ou durante o seu próprio mandato.
A irmã de Ruby, Mavi, que se tornou porta-voz da família, contestou as afirmações de Trump, afirmando que nem ele nem sua campanha entraram em contato com a família.
No evento, um porta-voz de Trump não conseguiu identificar com quem o ex-presidente havia falado na família Garcia. A campanha não esclareceu a questão desde então.
Trump utilizou o caso de Garcia para reforçar seu discurso anti-imigração, apesar de estudos indicarem que imigrantes têm uma taxa de criminalidade menor que cidadãos nativos.
Enquanto republicanos de Michigan tentam vincular a morte de Garcia a outros crimes supostamente cometidos por imigrantes, estatísticas recentes do FBI indicam uma queda na criminalidade violenta geral nos EUA.
Enquanto isso, os democratas apontam para uma proposta bipartidária para reforçar a segurança na fronteira que foi sabotada por Trump.
A tragédia em Michigan se torna mais um capítulo na politização da imigração nos Estados Unidos, em um contexto de polarização política cada vez mais acirrada.
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Fonte: Da redação