Imigrantes contribuem bilhões para a economia de Dallas (TX), revela estudo

Um estudo recente sobre o impacto dos imigrantes na economia de Dallas (Texas) em 2022 revelou contribuições bilionárias para a economia local. O relatório, conduzido pelo American Immigration Council em parceria com a cidade de Dallas, destaca que os 299.800 imigrantes residentes na cidade representam 23,2% da população total.

Em 2022, os lares de imigrantes geraram uma renda de US$ 10,7 bilhões, dos quais aproximadamente US$ 9,1 bilhões foram direcionados para a economia estadual e local, contribuindo com cerca de $900 milhões em impostos estaduais e locais. Isso deixou aproximadamente US$ 8,2 bilhões para serem gastos na economia local, o que equivale a cerca de 20% do poder de consumo total em Dallas.

O estudo não apenas quantificou o impacto econômico, mas também destacou histórias individuais de imigrantes que enriquecem a comunidade local. Maria Mosomi, que imigrou da Tanzânia para a Califórnia com sua família aos 8 anos, é um exemplo citado no estudo. Ela superou desafios para se formar em enfermagem psiquiátrica e hoje é CEO de uma clínica em Dallas, atendendo cerca de 200 pacientes por semana.

"O impacto é feito pessoa por pessoa e isso se reflete em cascata", afirmou Mosomi. "Quando as pessoas estão física, mental e emocionalmente saudáveis, elas contribuem para comunidades mais fortes economicamente."

O estudo também revelou que a região metropolitana de Dallas-Fort Worth é um destino popular tanto para imigrantes do exterior quanto para pessoas nascidas no exterior que se mudam dentro do país, como Mosomi. Outra pesquisa do George W. Bush Institute-SMU Economic Growth Initiative, publicada em 2022, delineou estratégias para atrair e reter imigrantes na região, destacando que a imigração tem sido crucial para evitar que muitas cidades e metrópoles dos EUA encolham em população, o que prejudicaria a economia local.

Comparativamente à população nascida nos EUA em Dallas, os imigrantes têm menor probabilidade de viver abaixo da linha de pobreza federal e de receber Medicaid ou Medicare. Além disso, são mais propensos a estar na idade de trabalho, participando ativamente da economia. Imigrantes também têm uma parcela desproporcional na força de trabalho empregada e nos setores de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), conforme aponta o estudo.

Os setores com maior número de empregados imigrantes incluem construção, manufatura e hospitalidade. Além disso, os imigrantes são 60% mais propensos a serem empreendedores do que seus colegas nascidos nos EUA, representando 38,9% dos proprietários de negócios em Dallas e gerando US$ 804,8 milhões em renda empresarial, conforme concluiu o estudo.

Os resultados reforçam não apenas a importância econômica dos imigrantes para Dallas, mas também sua contribuição vital para a dinâmica e a vitalidade econômica da cidade, exemplificando como a diversidade e o empreendedorismo imigrante são pilares fundamentais do crescimento sustentável da região.