Publicado em 7/08/2024 as 2:00pm
Julho registra menor número de imigrantes na fronteira desde o início do Governo Biden
As autoridades de imigração dos Estados Unidos relataram uma queda significativa nas prisões...
As autoridades de imigração dos Estados Unidos relataram uma queda significativa nas prisões na fronteira sul, com o número de detenções em julho atingindo 57 mil, o menor desde que o presidente Joe Biden assumiu o cargo. De acordo com informações divulgadas pelo The New York Times o total de prisões caiu abaixo de 60 mil, refletindo uma mudança notável na dinâmica da imigração.
Embora o governo Biden celebre essa redução, a análise do que isso realmente significa para as tendências gerais da imigração ilegal é complexa. A Immigration Reform Law Institute (IRLI) expressou ceticismo em relação às alegações da administração sobre uma queda nas travessias ilegais.
Matt O’Brien, diretor de investigações da IRLI e ex-juiz de imigração, declarou à Fox News Digital: "As alegações da administração Biden sobre a redução das travessias ilegais são apenas uma tentativa de obscurecer sua recusa deliberada em garantir a segurança da fronteira e aplicar as disposições da Lei de Imigração e Nacionalidade."
O’Brien observou que as travessias na fronteira costumam cair durante o verão, devido às condições climáticas adversas que tornam a passagem pelos desertos mexicanos perigosa. "Isso acontece todos os anos", acrescentou. Ele também criticou os programas da administração Biden que, segundo ele, facilitam a entrada de solicitantes de asilo, chamando a atenção para o uso do aplicativo CBP One, que, segundo ele, tem contribuído para a entrada ilegal de milhares de pessoas inadmissíveis nos Estados Unidos.
De acordo com a U.S. Customs and Border Protection, o CBP One é descrito como "um aplicativo móvel que serve como um portal único para uma variedade de serviços da CBP." O aplicativo visa direcionar os usuários a serviços apropriados por meio de perguntas guiadas.
Desde o início de 2021, Biden designou a vice-presidente Kamala Harris para abordar as causas profundas da migração na América Central, que incluem a pobreza e a violência. Em junho daquele ano, Harris visitou o México e a Guatemala, onde negociou um acordo que previa o envio de US$ 4 bilhões para países da América Central, com contribuições adicionais de empresas privadas totalizando US$ 5,2 bilhões. No entanto, o foco de Harris na imigração diminuiu desde então, e ela não visitou a fronteira sul ou qualquer país da América Central desde janeiro de 2022.
À medida que a administração Biden enfrenta uma pressão crescente para lidar com a imigração, a queda nas prisões na fronteira suscita debates sobre a eficácia das políticas implementadas e a real situação da segurança nas fronteiras do país.
O futuro das questões de imigração nos Estados Unidos permanece incerto, com muitos observadores atentos aos próximos passos da administração e às implicações para as comunidades na fronteira e para os migrantes que buscam um novo lar.
Fonte: Da redação