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Publicado em 4/09/2024 as 4:00pm

Ex-agente da fronteira é condenado por sequestro e abuso sexual de adolescente

Aaron Mitchell, um ex-agente do U.S. Customs and Border Protection (CBP), foi considerado...


Aaron Mitchell, um ex-agente do U.S. Customs and Border Protection (CBP), foi considerado culpado pelo sequestro e abuso sexual de uma adolescente, em um veredicto que abalou a comunidade de Douglas, Arizona. O julgamento, que durou duas semanas, resultou na condenação por violação dos direitos civis, sequestro, abuso sexual agravado e por causar danos físicos a uma menor de idade.

A decisão do júri foi anunciada na sexta-feira, 30 de agosto, após dois dias de deliberação, conforme comunicado do Departamento de Justiça (DoJ).

O caso remonta ao dia 25 de abril de 2022, quando Mitchell viajou até Douglas, onde raptou uma jovem de 15 anos que aguardava do lado de fora de sua escola. Posando como oficial da lei, ele exigiu os documentos da garota, exibiu seu distintivo e afirmou que a estava levando para a delegacia. Contudo, em vez de cumprir sua suposta função, Mitchell conduziu a adolescente para seu apartamento, onde a algemou e a submeteu a agressões sexuais por várias horas.

Após o ataque, ele a deixou nas proximidades da escola, ameaçando-a para que não denunciasse o ocorrido. A jovem, entretanto, relatou imediatamente o incidente à família, amigos e às autoridades.

"Contamos com nossos oficiais da lei para proteger as crianças, as escolas e as comunidades," declarou Gary Restaino, Procurador dos EUA para o Distrito do Arizona. "Este réu desonrou seu distintivo e seus colegas ao ignorar seu juramento e ferir os mais vulneráveis entre nós."

Kristen Clarke, Assistente do Procurador-Geral da Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça, também se manifestou sobre o caso: "Os crimes hediondos cometidos contra uma jovem estudante do ensino médio por um indivíduo juramentado para defender a lei são indescritíveis."

A investigação, conduzida pelo Departamento de Polícia de Douglas e pelo Escritório do FBI em Phoenix, revelou que Mitchell havia realizado buscas online relacionadas a estupro e métodos para silenciar vítimas antes e durante o crime. Durante seu depoimento à polícia, Mitchell teria dito que a garota "melhor torça para eu não sair daqui."

Mitchell foi preso em 28 de julho de 2022 e aguarda a definição da sentença, que poderá resultar em prisão perpétua.

Estudos recentes destacam a gravidade dos crimes sexuais cometidos por policiais. Uma pesquisa de 2023 da Bowling Green State University revelou que, entre 2005 e 2017, em 1.355 dos 3.383 casos de prisões de policiais por crimes sexuais, o oficial utilizou sua autoridade policial para cometer tais delitos. Os autores do estudo enfatizam que o número real pode ser ainda maior, devido à subnotificação dos casos.

O caso de Aaron Mitchell lança uma luz sobre a necessidade urgente de maior supervisão e responsabilização dentro das forças de segurança, reafirmando a importância de proteger os direitos dos mais vulneráveis na sociedade.

Fonte: Da redação

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