Publicado em 15/09/2024 as 12:00pm
Lições bíblicas sobre política de imigração dos EUA
Da redação Desde a promulgação do Ato de Naturalização de 1790, a imigração tem sido um...
Da redação
Desde a promulgação do Ato de Naturalização de 1790, a imigração tem sido um tema de intenso debate na política dos Estados Unidos. Nos últimos anos, líderes religiosos têm recorridos aos ensinamentos bíblicos para guiar as discussões sobre imigração, especialmente em relação às políticas de fronteira. Um verso de Levítico 19:33, tem sido particularmente influente: "Não maltratem os estrangeiros que vivem na terra de vocês... amem os estrangeiros, pois vocês foram estrangeiros no Egito e devem amá-los como vocês amam a vocês mesmos".
Embora este verso seja frequentemente citado para defender uma abordagem mais aberta em relação à imigração, ele representa apenas uma parte de uma visão mais complexa encontrada no Torá. Uma análise mais profunda revela que o Torá oferece orientações equilibradas sobre a necessidade de segurança nas fronteiras e o acolhimento de imigrantes.
Segurança nas Fronteiras: Perspectiva Bíblica
Em Deuteronômio 32, Moisés destaca a importância das fronteiras ao afirmar que o Altíssimo estabeleceu os limites das nações. Este princípio sugere que as fronteiras são uma parte essencial e divina da estrutura de um país. Deuteronômio 33:25 complementa esta ideia ao recomendar que as fronteiras sejam "seladas com ferro e bronze," enfatizando a necessidade de uma proteção robusta e constante.
Imigração Baseada em Habilidades: Exemplo Bíblico
O exemplo de José em Gênesis 47 oferece uma perspectiva sobre como os imigrantes podem ser integrados de maneira benéfica. Durante uma fome no Egito, José orienta seus irmãos a destacar suas habilidades como pastores para o Faraó, apesar da aversão egípcia ao pastoreio. A valorização das habilidades dos irmãos de José mostra como imigrantes podem preencher lacunas no mercado de trabalho e contribuir significativamente para a economia.
Aplicações para a Política de Imigração Americana
Com base nesses princípios, várias diretrizes podem ser adaptadas para a política de imigração dos EUA:
Fortalecer a Segurança das Fronteiras: Em linha com o ensino bíblico de Deuteronômio, é fundamental que os EUA invistam na modernização e reforço das suas fronteiras. O uso de tecnologias avançadas e uma infraestrutura robusta são essenciais para garantir uma proteção eficaz.
Fomentar a Imigração Baseada em Habilidades: Seguindo o exemplo de José, os EUA devem priorizar a admissão de imigrantes com habilidades específicas que atendam a necessidades urgentes no mercado de trabalho. Profissionais de saúde para áreas rurais e especialistas em tecnologia são exemplos de como a imigração pode ser vantajosa para a economia.
Reavaliar Políticas de Imigração: O sistema de "migração em cadeia," que favorece familiares de imigrantes, e a política de "cidadania por nascimento" são áreas que merecem revisão. A adoção de uma abordagem mais estratégica e baseada em méritos pode alinhar melhor a imigração com as necessidades econômicas e os valores nacionais.
Criar uma Comissão de Revisão: Inspirada no papel de José no Egito, uma "Comissão José" poderia ser estabelecida para examinar e reformar as barreiras burocráticas que dificultam a entrada de indivíduos altamente qualificados e comprometidos.
Conclusão
Integrar princípios bíblicos ao debate sobre imigração pode oferecer uma abordagem equilibrada que respeita a necessidade de segurança nas fronteiras e ao mesmo tempo valoriza a contribuição dos imigrantes. Ao adotar essas orientações, os EUA podem fortalecer sua segurança nacional, estimular a inovação econômica e promover um ambiente que valorize e recompense o compromisso com os valores americanos.
(baseado no texto de Mark Gerson, um empresário e filantropo que, junto com sua esposa, a rabina Erica Gerson, é o maior apoiador individual das missões médicas cristãs – através da African Mission Healthcare, organização que ele co-fundou e preside)