Publicado em 1/11/2024 as 10:00am
Dezenas de imigrantes indocumentados são acusados de saquear vítimas dos furacões Helene e Milton
Fonte: Da redação
Nas últimas semanas, uma operação conduzida pelas forças policiais na Flórida resultou na prisão de mais de 100 pessoas, entre elas pelo menos 41 imigrantes indocumentados, suspeitos de saquear e aplicar golpes em vítimas dos furacões Helene e Milton, segundo o delegado do Condado de Pinellas, Bob Gualtieri.
Patrulhas de combate ao saque em Pinellas County prenderam 45 suspeitos em acusações que variam de assalto à mão armada, furto, invasão de propriedade e vandalismo. “Eles estão invadindo casas e revirando os pertences das vítimas”, disse Gualtieri.
Além disso, outros 58 suspeitos foram detidos sob a acusação de práticas fraudulentas em serviços de reparo e construção sem licença, acumulando uma cobrança de US$ 250 milhões por obras que jamais foram realizadas. O esquema incluía serviços como encanamento, telhados e instalações elétricas. “Este é o exemplo perfeito de pessoas explorando os outros quando estão no fundo do poço, tentando reconstruir após terem perdido tudo”, destacou o delegado.
Gualtieri revelou que entre os detidos por saques, a maioria dos imigrantes indocumentados era originária da América Central e do Sul. Em uma coletiva de imprensa, ele explicou que a onda de crimes é um fenômeno inédito: “Nunca vimos nada dessa magnitude antes, essa quantidade de pessoas de fora da região que claramente vieram para roubar e prejudicar pessoas vulneráveis.”
Além das prisões, agentes da polícia abordaram 196 indivíduos suspeitos que circulavam por bairros das ilhas de barreira de Pinellas sem justificativa para estar no local. Destes, 163 eram imigrantes indocumentados. “Estabelecemos contato e orientamos que saíssem da região”, relatou Gualtieri.
A operação revelou que grande parte dos detidos possuía antecedentes criminais. Em resposta, o condado de Pinellas intensificou a presença policial nas áreas afetadas pelos furacões, com dezenas de agentes extras nas ilhas de barreira, garantindo a segurança dos residentes e das empresas locais que se esforçam para reconstruir suas vidas.
“Nosso esforço para proteger a comunidade não terminou com a passagem dos furacões. Estamos agora focados em proteger nossos residentes e nossas empresas, que estão ansiosos para se reerguer”, concluiu o delegado.