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Publicado em 9/11/2024 as 7:30am

Trump diz que vai “declarar uma emergência nacional” e usar recursos militares para combater imigração ilegal

Preocupações sobre o plano do presidente eleito Donald Trump de declarar um estado de...

Preocupações sobre o plano do presidente eleito Donald Trump de declarar um estado de emergência na fronteira dos EUA e utilizar o Exército para um programa de deportação em massa são exageradas, segundo Alfonso Aguilar, ex-chefe do Escritório de Cidadania dos Estados Unidos e diretor de engajamento hispânico no American Principles Project. Em entrevista ao Fox News Digital, Aguilar afirmou que "o país não será militarizado" e que "os bairros com imigrantes não serão militarizados", refutando temores de uma maior militarização das comunidades americanas.

A declaração de Aguilar ocorre após Trump confirmar, na segunda-feira, através de sua plataforma Truth Social, que está "preparado para declarar uma emergência nacional" e usar recursos militares para combater o que chamou de "invasão Biden" por meio de um programa de deportações em larga escala. Karoline Leavitt, porta-voz da equipe de transição de Trump, disse à Fox News Digital que os americanos reelegeram Trump "com uma margem expressiva, dando-lhe um mandato para implementar as promessas feitas durante a campanha", e que o presidente eleito "cumprirá" esses compromissos.

O plano de usar o Exército em ações de deportação e segurança na fronteira tem gerado forte oposição, especialmente entre críticos que temem que a implementação de tais medidas possa levar a uma militarização da vida cotidiana nos Estados Unidos. Em outubro, Todd Schulte, presidente da organização de defesa da imigração FWD.us, expressou sua preocupação, afirmando que a utilização do Exército para realizar "batidas em massa" contra famílias americanas poderia remeter a alguns dos "piores momentos da história do país".

No entanto, Aguilar argumenta que o papel do Exército será restrito ao apoio logístico, sem envolvimento direto em operações de captura. "Há muito alarmismo por parte da esquerda e da mídia. Não serão varreduras em bairros; essas serão prisões direcionadas… inicialmente visando criminosos", explicou Aguilar. Ele explicou que, em vez de realizar arrestos em massa, o papel das forças armadas será de suporte, ajudando o Serviço de Imigração e Fiscalização de Alfândegas (ICE, sigla em inglês) e a Patrulha de Fronteira (CBP, sigla em inglês) com logística, transporte e acomodação de detidos.

Aguilar destacou que as leis federais limitam o uso das forças armadas em solo americano, e que, portanto, serão os oficiais do ICE que liderarão as operações de deportação, com o apoio do Exército na logística. No contexto da fronteira, o Exército teria um papel de projeção de força, ajudando a dissuadir novas entradas ilegais, além de atuar como apoio na vigilância, detectando migrantes e auxiliando na movimentação dos detidos.

A ideia de que as forças armadas possam ser usadas para operações em grande escala nos bairros dos Estados Unidos foi descartada por Aguilar. Ele afirmou que, em vez disso, o Exército provavelmente será usado para apoiar operações de maior escala, como as “raids” em locais de trabalho, onde o ICE tem intensificado suas atividades. "Eles não vão liberar o Exército nos bairros para procurar imigrantes ilegais", concluiu Aguilar.

Enquanto Trump planeja essas ações, governadores de estados controlados por partidos democratas, como Maura Healey, de Massachusetts, e J.B. Pritzker, de Illinois, já manifestaram oposição contundente aos planos de deportação. Healey afirmou estar disposta a usar "todas as ferramentas disponíveis" para proteger os imigrantes em Massachusetts, enquanto Pritzker disse que "fará tudo o que puder para proteger os imigrantes indocumentados" em seu estado.

Pritzker também destacou que, embora não seja possível impedir a atuação das forças federais no estado, seria difícil para o governo federal realizar operações de grande escala sem os recursos necessários. "Eles não têm mão-de-obra suficiente dentro do Departamento de Segurança Interna para implementar isso em todo o país", disse o governador de Illinois.

Com a situação cada vez mais polarizada, a implementação de um plano de deportação em larga escala continua sendo um tema central no debate político americano, especialmente à medida que Trump se prepara para assumir a presidência mais uma vez.

Fonte: Da redação

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