Estudo revela que Denver, cidade santuário, destinou $356 milhões aos migrantes

O prefeito democrata de Denver, Mike Johnston, declarou que estaria disposto a ser preso por se opor ao plano de deportação em massa de Trump. Enquanto isso, um novo estudo revelou que a cidade já gastou impressionantes $356 milhões do dinheiro público com migrantes.

Esse valor, que equivale a $7.900 por pessoa, foi detalhado em uma análise recente do Common Sense Institute (CSI), uma organização apartidária dedicada a estudos econômicos nos EUA. Segundo o relatório, esses gastos representam 8% do orçamento anual de $4,4 bilhões previsto para Denver em 2025, com base em dados fornecidos pela própria cidade.

Os custos incluem despesas do orçamento municipal, além de gastos regionais em educação e saúde. Sob a administração Biden-Harris, Denver enfrentou uma chegada sem precedentes de migrantes, levando Johnston a reduzir serviços públicos para realocar recursos à habitação e alimentação dessas pessoas. Entre as medidas, a cidade diminuiu serviços em centros recreativos, suspendeu o plantio de flores na primavera e utilizou fundos de emergência para cobrir os custos crescentes.

De acordo com o CSI, a maior parte dos $356 milhões foi destinada à educação, mas também houve despesas com saúde, hotéis, transporte e cuidados infantis. Denver, como cidade santuário, não aplica as leis de imigração nem coopera com agentes do ICE (Immigration and Customs Enforcement).

Desde dezembro de 2022, aproximadamente 45.000 migrantes chegaram à área metropolitana de Denver, e 16.197 estudantes migrantes foram matriculados em escolas locais. O estudo estima que o custo anual relacionado a esses estudantes seja de $228 milhões, representando 1-2% do orçamento estadual para a educação básica no período de 2024-2025. Cada aluno custa, em média, $14.100 por ano.

Além disso, os hospitais da região relataram uma pressão sem precedentes, classificando a situação como uma crise humanitária. O CSI estima que as emergências locais forneceram $49 milhões em atendimentos não remunerados a migrantes desde dezembro de 2022, com um total de 16.760 visitas de migrantes registrados nesse período.

Em janeiro de 2024, no auge da chegada de migrantes, autoridades previram que os custos totais alcançariam $180 milhões até o final do ano. No entanto, os gastos reais foram ajustados para cerca de $79 milhões, sendo 34,5% destinados a instalações como hotéis, 29,4% para pessoal, 14% para serviços e 11% para alimentação.

Em entrevista recente, Johnston afirmou estar preparado para resistir a qualquer medida que considere “ilegal, imoral ou antiamericana”, incluindo o uso de força militar. Questionado se aceitaria ser preso por suas ações, ele respondeu: “Sim, não tenho medo disso, mas também não é algo que procuro. Nosso objetivo é negociar soluções com pessoas razoáveis para problemas complexos.”

Por outro lado, Tom Homan, designado por Trump como "czar da fronteira", declarou ao apresentador Sean Hannity, da Fox News, que não hesitaria em prender Johnston se ele violasse a lei ao proteger migrantes ilegais. “Ele só precisa consultar o caso Arizona v. US para ver que está infringindo a lei. Mas, em uma coisa concordamos: ele está disposto a ir para a prisão; eu estou disposto a colocá-lo lá.”