Publicado em 10/12/2024 as 8:00am
Donald Trump ameaça sair da Otan e acabar com cidadania por nascimento
Trump afirmou que a Otan deveria rever suas contribuições financeiras, com os países membros comprometendo-se a pagar suas “contas” para que os Estados Unidos continuem a fazer parte da aliança.
Em uma recente entrevista, transmitida no domingo (8), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações ousadas sobre questões internacionais e políticas internas que podem impactar diretamente o futuro dos Estados Unidos e suas relações com outros países. Entre os tópicos discutidos, ele mencionou a possibilidade de "deportar" imigrantes irregulares, incluindo figuras públicas, e ameaçou deixar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) caso os aliados não cumpram suas obrigações financeiras.
Trump afirmou que a Otan deveria rever suas contribuições financeiras, com os países membros comprometendo-se a pagar suas “contas” para que os Estados Unidos continuem a fazer parte da aliança. Segundo o presidente eleito, os Estados Unidos devem ser tratados de maneira justa e, se isso não ocorrer, ele consideraria seriamente a saída da organização. “Os países precisam pagar suas contas. Se quiserem que os Estados Unidos continuem na Otan, terão que mudar suas atitudes”, declarou Trump.
Outra medida polêmica mencionada por Trump foi sua intenção de acabar com a cidadania por nascimento nos EUA, um direito garantido pela 14ª Emenda da Constituição americana. Trump sugeriu que poderia revogar essa cidadania por meio de um decreto executivo, uma medida que, se concretizada, impactaria milhares de imigrantes e suas famílias. Para muitos, isso reforçaria a agenda de imigração restritiva do presidente eleito, que tem sido um tema central em sua plataforma.
Na mesma entrevista, Trump abordou a questão dos imigrantes em situação irregular, dizendo que será necessário deportar todos aqueles que não estiverem legalmente no país. Entre as declarações, uma chamou a atenção, especialmente no contexto da realeza britânica: Trump sugeriu que o príncipe Harry, casado com Meghan Markle e residente nos Estados Unidos, poderia ser uma das figuras afetadas por essa política de deportação.
Essas declarações mostram uma postura assertiva e nacionalista de Trump em relação à segurança e à imigração, algo que, se implementado, poderia gerar grandes repercussões políticas e diplomáticas, tanto no âmbito interno quanto internacional. Com sua vitória nas urnas, o ex-presidente promete reconfigurar as relações dos Estados Unidos com a Otan e revisar direitos constitucionais que, há décadas, são um pilar da política migratória do país.
Além disso, a reunião de Trump com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, em Palm Beach, no final de novembro, foi destacada por discutir as atuais ameaças à segurança global e o futuro da Aliança, revelando um desejo de Trump de reavaliar a postura dos Estados Unidos perante questões militares e de defesa.
O futuro da Otan e da política de imigração nos Estados Unidos permanece incerto, mas as palavras de Trump indicam que mudanças significativas podem estar por vir.