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Publicado em 11/12/2024 as 5:00pm

Protestos buscam evitar o despejo de centenas de imigrantes de abrigos mantidos com fundos públicos

Fonte: Da redação


Ativistas e diversas autoridades eleitas se reuniram na segunda-feira (9) em frente ao escritório da governadora de Nova York, Kathy Hochul, no Capitólio, em Albany, para protestar contra o fechamento de dois hotéis que abrigavam centenas de imigrantes na região da capital do estado.

Nova York possui uma lei de "direito a abrigo", que exige que a cidade forneça acomodação a qualquer pessoa sem outras opções. Os organizadores do protesto solicitaram a intervenção de Hochul para evitar os despejos e garantir novos fundos estaduais para abrigar os imigrantes.

Durante o protesto, Angelica Perez-Delgado, presidente da Liga de Ação Ibero-Americana, uma organização pró-imigrantes sem fins lucrativos, afirmou: "Nossa prioridade agora é garantir que as pessoas em nossos hotéis não sejam despejadas. Precisamos de liderança e recursos da governadora Hochul imediatamente para financiar pelo menos seis meses de moradia e serviços relacionados."

Os imigrantes em Albany estavam hospedados no Ramada Plaza e no Holiday Inn Express, cujos custos eram cobertos pela cidade de Nova York, mas ambos os hotéis devem ser fechados este mês. Essas pessoas representam uma pequena parte dos 58 mil imigrantes atualmente abrigados pela cidade e dos mais de 223 mil que receberam assistência desde 2022.

Segundo um relatório divulgado este ano pela Controladoria da Cidade de Nova York, a cidade deve gastar US$ 987 milhões em dois anos com hotéis contratados para imigrantes. No total, mais de US$ 12 bilhões serão destinados à crise imigratória até o ano fiscal de 2025.

Apesar disso, desde a eleição do presidente Donald Trump no mês passado, a cidade tem reduzido o programa de abrigos, com o fechamento de cerca de 12 locais até o fim do ano. O prefeito de Nova York, Eric Adams, responsável por muitas dessas ações, declarou: "Estamos desperdiçando o dinheiro dos contribuintes há muito tempo."

Dois hotéis, o Merit Hotel, em Manhattan, e o Quality Inn JFK, no Queens, já foram fechados, e outros oito abrigos nos condados de Dutchess, Erie, Orange e Westchester estão previstos para encerramento ainda este ano.

O protesto foi organizado pelo Columbia County Sanctuary Movement, em parceria com outras organizações sem fins lucrativos locais. Bryan McCormack, codiretor executivo do movimento, destacou que as famílias de imigrantes "não deveriam ser forçadas a abandonar seus empregos ou mudar suas vidas para voltar aos abrigos da cidade de Nova York." Ele também enfatizou a necessidade de encontrar rapidamente soluções para os imigrantes antes do rigoroso inverno.

McCormack acusou a cidade de usar a crise como uma "bola de futebol política" e afirmou que os imigrantes já integrados nas comunidades locais têm contribuído significativamente para a economia e cultura de Nova York. Ele afirmou: "Como residente do norte do estado, vejo diariamente como a comunidade imigrante tem impactado positivamente nossas vidas, desde a alimentação até a revitalização de nossas cidades."

No entanto, o deputado estadual Matt Slater criticou os manifestantes, argumentando que estão desconectados dos sentimentos da maioria dos nova-iorquinos. "Os nova-iorquinos estão cansados", disse ele, apontando que a imigração ilegal deve ser tratada com seriedade. Ele destacou que Nova York, como estado santuário, já alocou US$ 4,3 bilhões para serviços aos imigrantes no último orçamento e defendeu que o estado e os governos locais parem de incentivar a imigração ilegal com recursos públicos.

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