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Publicado em 16/12/2024 as 12:00pm

Protestos em Albany (NY) pedem suspensão de despejo de imigrantes de hotéis financiados com recursos públicos

Ativistas e autoridades locais se reuniram nesta segunda-feira (11) em frente ao Capitólio do...

Ativistas e autoridades locais se reuniram nesta segunda-feira (11) em frente ao Capitólio do Estado de Nova York, em Albany, para pressionar a governadora Kathy Hochul a evitar o fechamento de dois hotéis que abrigam cerca de 300 imigrantes. Os manifestantes também pediram a alocação de novos recursos estaduais para garantir moradia e assistência a essas pessoas.

Os imigrantes, hospedados nos hotéis Ramada Plaza e Holiday Inn Express com financiamento da prefeitura de Nova York, estão enfrentando despejo iminente, previsto para o final deste mês. Esses hotéis representam apenas uma fração do esforço maior da cidade de Nova York, que atualmente abriga 58 mil imigrantes e já prestou assistência a mais de 223 mil pessoas desde 2022.

Durante o protesto, Angelica Perez-Delgado, presidente da organização pró-imigrantes Ibero-American Action League, apelou por medidas urgentes. "Precisamos garantir que essas pessoas não sejam despejadas. Precisamos de liderança e financiamento da governadora Hochul para ao menos seis meses de moradia e serviços relacionados", afirmou.

O custo da crise migratória
A crise migratória em Nova York tem gerado discussões intensas sobre custos e políticas públicas. Segundo o Escritório do Controlador da Cidade de Nova York, o município deve gastar cerca de US$ 987 milhões em dois anos apenas com hotéis contratados para abrigar imigrantes. Até o ano fiscal de 2025, os gastos totais com a crise podem ultrapassar US$ 12 bilhões.

Apesar disso, a cidade começou a reduzir seus programas de abrigo. O prefeito Eric Adams já fechou 12 abrigos desde o início do ano, incluindo dois hotéis em Manhattan e Queens, e planeja fechar mais oito em condados como Dutchess, Erie, Orange e Westchester. Adams afirmou que a cidade tem desperdiçado recursos dos contribuintes por tempo demais.

Divergências sobre políticas migratórias
Enquanto os manifestantes destacam a importância da contribuição dos imigrantes para a economia e cultura locais, críticos como o deputado estadual Matt Slater argumentam que os protestos estão desconectados das preocupações dos nova-iorquinos.

"Meus eleitores estão exigindo responsabilidade. Eles querem um estado que respeite a lei e entenda que imigração ilegal é ilegal, ponto final", declarou Slater. Ele também defendeu que o estado e a cidade parem de usar recursos públicos para incentivar a imigração irregular, citando o orçamento estadual de US$ 4,3 bilhões destinado a serviços como moradia, alimentação e assistência aos imigrantes.

Uma pesquisa recente do Instituto Siena mostra que a maioria dos eleitores de Nova York (54%) apoia os esforços da futura administração Trump para intensificar a deportação de imigrantes indocumentados no estado.

Impacto na comunidade
Bryan McCormack, co-diretor do Columbia County Sanctuary Movement, alertou sobre as consequências sociais do despejo, especialmente com a aproximação do inverno rigoroso em Nova York. "Essas famílias não deveriam ser forçadas a abandonar seus empregos ou suas vidas para voltar aos abrigos de Nova York", disse McCormack.

Ele enfatizou a importância da integração dos migrantes na comunidade local. "Os imigrantes têm revitalizado nossas cidades, colocado comida em nossas mesas e cuidado dos mais vulneráveis durante a pandemia. Esperamos que possam continuar contribuindo para a cultura e economia da região", afirmou.

Com a crise migratória gerando debates acalorados, o futuro das políticas de acolhimento em Nova York permanece incerto, dividindo opiniões entre responsabilidade fiscal e apoio humanitário.

Fonte: Da redação

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