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Publicado em 29/12/2024 as 7:00am

México irá implementar botão de alerta para migrantes nos EUA devido às deportações

Fonte: Da redação


O governo do México irá lançar, em janeiro, um "botão de alerta" para que os mexicanos nos Estados Unidos possam avisar os consulados sobre detenções ou deportações, em resposta às promessas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. O ministro das Relações Exteriores do México, Juan Ramón de la Fuente, anunciou nesta sexta-feira, durante a coletiva matinal do governo, que o sistema de alerta já foi testado em pequena escala em algumas regiões e tem se mostrado eficiente.

"O botão de alerta envia uma notificação ao consulado mais próximo e aos familiares que foram registrados no aplicativo, além de informar o Itamaraty no México", explicou no Palácio Nacional. O mecanismo, que deverá estar em funcionamento antes da posse de Trump, em 20 de janeiro, faz parte das medidas do governo mexicano diante das promessas de deportações em massa.

Essas deportações geram grande preocupação, pois há cerca de 4,8 milhões de mexicanos indocumentados nos EUA, conforme De la Fuente. Isso representa quase metade do total de 11 milhões de migrantes, cujas remessas representam cerca de 4% do PIB mexicano. Para apoiar seus compatriotas, o México conta com a maior rede consular do mundo em um único país, com 53 consulados nos Estados Unidos, mais do que qualquer outro país.

O chanceler também destacou o Programa de Assessoria Jurídica Externa (PALE), que foi ampliado com a contratação de 329 assessores e o apoio de vários consultores e advogados, muitos deles de origem mexicana, atuando voluntariamente. "Estaremos ainda mais presentes nas prisões e centros de detenção. Já visitei alguns e nossos cônsules estão preparados para interagir continuamente com os funcionários da agência de imigração ICE e da agência de fronteira CBP", afirmou. Nos Estados Unidos, há 38,4 milhões de mexicanos, sendo 11,5 milhões migrantes de primeira geração, incluindo os indocumentados, segundo o governo mexicano. O chanceler também defendeu a contribuição econômica dos mexicanos nos EUA, que representa 8% do PIB americano.

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