Jimmy Carter desempenhou um papel fundamental na criação das políticas de fronteira atuais

Barry Jagoda reside em La Jolla, Califórnia, bem longe de Washington D.C., onde trabalhou ao lado do ex-presidente Jimmy Carter no final da década de 70.

Na manhã de segunda-feira, em uma entrevista com Juliette Vara da KSWB, Jagoda recordou com apreço seu período como conselheiro de televisão e imprensa de Carter.

Ele destacou que Carter tratava todos com respeito, mas era “um homem muito inteligente e exigente, impossível de enganar.”

Jagoda publicou um livro sobre sua experiência com Carter e as políticas que o presidente ajudou a desenvolver, incluindo medidas voltadas para a imigração e o controle de fronteiras.

“Havia pessoas de determinados países da América Latina e do Sul que buscavam refúgio nos Estados Unidos, e ele se mostrava receptivo a isso”, relatou Jagoda.

Segundo ele, Carter procurava maneiras de integrar imigrantes indocumentados à sociedade americana.

“Como ex-agricultor, ele sabia que as colheitas não se faziam sozinhas”, afirmou Jagoda.

Carter pretendia conceder residência legal permanente a trabalhadores que chegaram aos EUA antes de 1970 e status temporário aos que entraram após 1977.

Embora essa proposta não tenha sido aprovada durante seu governo, algo semelhante foi implementado na gestão de Ronald Reagan, que concedeu anistia a mais de 4 milhões de imigrantes sem documentação.

“Para Jimmy Carter, a Estátua da Liberdade tinha um significado profundo”, observou Jagoda.

Carter também foi responsável por aumentar significativamente o número de refugiados do Sudeste Asiático, especialmente do Vietnã, de 17.400 para 50.000 por ano.

Além disso, foi pioneiro ao implementar sanções contra empregadores que contratavam trabalhadores sem documentos.

“Carter era rigoroso com a lei; para ele, as fronteiras dos Estados Unidos precisavam ser respeitadas”, concluiu Jagoda.