Publicado em 10/01/2025 as 2:00pm
Lei anti-imigrante com nome de estudante morta é aprovada nos EUA.
Fonte: Da redação
A Câmara dos Representantes dos EUA, sob a liderança dos republicanos, aprovou na terça-feira seu primeiro projeto de lei do novo Congresso: uma proposta rigorosa sobre fronteiras, nomeada em homenagem a Laken Riley, uma estudante de enfermagem de 22 anos da Geórgia, assassinada no ano passado por um imigrante indocumentado, cujo crime se tornou um ponto crucial na campanha presidencial.
A votação, que terminou em 264 votos a favor e 159 contra, aprovou a chamada Lei Laken Riley, pressionando agora os democratas do Senado a apoiarem o projeto quando ele for levado ao plenário na sexta-feira, data em que Riley completaria 23 anos.
Todos os 52 senadores republicanos são co-patrocinadores do projeto, junto com o senador democrata John Fetterman, da Pensilvânia. Isso significa que os republicanos precisarão do apoio de sete senadores democratas para alcançar os 60 votos necessários para superar um eventual obstrução.
"Estamos de braços abertos para qualquer democrata que queira nos ajudar a resolver esses problemas, porque o povo americano exige e merece. Já era hora", declarou o presidente da Câmara, Mike Johnson, antes da votação.
A proposta, apresentada pelo deputado Mike Collins, alteraria a legislação federal para exigir que o ICE, órgão vinculado ao Departamento de Segurança Interna, emita mandados de detenção e custódia para pessoas que estejam no país ilegalmente e cometam crimes como furto e roubo.
Em março passado, a Lei Laken Riley já havia sido aprovada pela Câmara com 251 votos a favor e 170 contra, sendo que 37 democratas se uniram aos republicanos no apoio. Entre os democratas favoráveis estavam os então deputados Rubén Gallego, do Arizona, e Elissa Slotkin, do Michigan, que venceram as eleições para o Senado em novembro. No entanto, o Senado, controlado pelos democratas à época, não aprovou o projeto.
Nesta nova votação, mais democratas da Câmara se alinharam com os republicanos: 48 deles votaram a favor da proposta. O líder da maioria no Senado, John Barrasso, republicano de Wyoming, afirmou que os democratas do Senado, incluindo os moderados da Geórgia, estão sob grande pressão para apoiar o projeto.
Os senadores democratas planejam discutir a proposta durante seu almoço semanal, conforme anunciado pelo senador Chris Murphy. Ele afirmou que acredita que a legislação complicaria ainda mais a atual lei de imigração. "Acho que essa lei tornará o sistema de imigração ainda mais confuso e complicado, por causa do novo direito concedido aos procuradores-gerais para litigar casos de imigração", declarou Murphy. "Não é um projeto de lei bem elaborado", completou.