Maura Healey reforça verificações de antecedentes em abrigos de MA

A governadora Maura Healey determinou a implementação de verificações mais rigorosas dos antecedentes de todos os moradores dos abrigos de assistência emergencial em Massachusetts, após a prisão de dois residentes desses abrigos acusados de crimes graves.

Em março, um migrante haitiano foi preso, acusado de estuprar uma menina migrante de 15 anos em um abrigo em Rockland. No mês passado, um dominicano foi detido quando as autoridades, ao cumprirem um mandado de busca em um abrigo em Revere, encontraram um fuzil de assalto, munições, carregadores, luvas de látex e 3,5 kg de fentanil.

De acordo com um porta-voz do governo Healey, o estado já realizava verificações limitadas de antecedentes dos moradores desses abrigos. No entanto, a governadora ordenou que as verificações agora incluam consultas ao banco de dados de informações criminais de Massachusetts, conhecido como verificação CORI. Além disso, o Escritório Executivo de Moradia e Comunidades Habitáveis (Executive Office of Housing & Livable Communities) afirmou que verificações de mandados de prisão são feitas mensalmente para os residentes do sistema de abrigos.

Investimento em abrigos e fim do uso de hotéis e motéis

Healey, que fará seu discurso anual sobre o Estado da Comunidade na próxima semana, está pedindo ao legislativo uma alocação adicional de US$ 425 milhões para manter o programa de assistência emergencial operando pelos próximos seis meses.

Em novembro, o governo de Healey anunciou uma série de mudanças planejadas para reduzir o tempo de permanência em abrigos tradicionais e eliminar gradualmente o uso de hotéis e motéis no programa. Essas iniciativas foram baseadas em recomendações da Comissão Especial sobre Programas de Assistência Habitacional de Emergência, que analisou o impacto do aumento de famílias migrantes no sistema nos últimos dois anos.

Healey destacou que mais da metade das famílias atendidas nos abrigos de emergência são de Massachusetts.

As mudanças propostas, muitas delas incluídas no orçamento suplementar apresentado pela governadora na segunda-feira, visam reduzir os custos dos abrigos para cerca de US$ 400 milhões, significativamente abaixo do total de aproximadamente US$ 1 bilhão registrado nos dois últimos anos. Além disso, o governo planeja implementar um plano de longo prazo que inclui a meta de diminuir o número de famílias atendidas no sistema para 4.000 até junho de 2026, comparado ao pico de 7.500 famílias atendidas neste ano fiscal.