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Publicado em 21/01/2025 as 4:00pm

Uma nova caravana de migrantes está se dirigindo à fronteira, mesmo com a posse de Trump.

Fonte: Da redação


Poucas horas antes de Donald Trump tomar posse como presidente, uma caravana de mais de 2.000 migrantes partiu do sul do México com destino aos Estados Unidos.

A caravana, composta por homens, mulheres e crianças de diversos países, foi vista na manhã de segunda-feira marchando pelas ruas escuras de Tapachula, no sul do México, perto da fronteira com a Guatemala. Os migrantes carregavam bolsas e mochilas, enquanto alguns pais empurravam carrinhos de bebê ou carregavam seus filhos nas costas.

Esta é pelo menos a décima maior caravana a sair de Tapachula desde as eleições dos Estados Unidos, conforme informou o Border Report. Um migrante adulto levaria cerca de 16 dias de caminhada contínua até a fronteira sul.

Apesar da assinatura de várias ordens executivas por Trump na segunda-feira, que impõem restrições à imigração ilegal, a caravana segue sua rota. Trump também declarou uma emergência nacional nas fronteiras.

Uma das ordens do presidente determinou a retomada da construção do muro na fronteira, uma obra que estava parada durante o governo Biden. A medida também revogou as políticas de liberdade condicional implementadas durante o governo anterior, incluindo o uso do aplicativo CBP One para permitir a entrada de migrantes nos Estados Unidos.

Erkin Torres, um migrante colombiano integrante da caravana, afirmou que acredita que as ações de Trump não podem se sobrepor às decisões da ONU, defendendo seu direito de buscar asilo.

"Assim como Trump assume o poder, ele não pode superar a ONU, entende? Unidos como um só," declarou Torres à Reuters.

"O mundo inteiro está conosco, pois nossa causa é uma só: estabilidade econômica e um futuro melhor para as crianças."

Maria Leidis, de Cuba, outra migrante da caravana, afirmou que acredita que o novo governo dos EUA encontrará uma maneira de permitir a entrada dos migrantes, mesmo com o aplicativo CBP One fora do ar.

"Ficamos tristes, pois nossa meta é entrar, e saber que não podemos quebra nossos corações," disse ela à Reuters. "Mas acreditamos que, se não for por esse aplicativo, ele encontrará outra maneira e conseguiremos entrar."

A formação de caravanas é uma estratégia adotada pelos migrantes em busca de segurança, já que as autoridades têm dificuldade em deter grandes grupos de centenas de pessoas. Alguns migrantes tentam pegar carona durante a viagem, enquanto outros seguem a pé até a fronteira, enfrentando o calor extremo.

Muitas caravanas se desintegram após alguns dias de caminhada, e o governo mexicano tem tentado dispersá-las, especialmente com a ameaça de Trump de impor altas tarifas ao México caso o fluxo migratório não seja interrompido.

Além disso, migrantes que aguardavam para ser atendidos pelo aplicativo foram deixados em várias localidades ao longo da fronteira sul do México.

Além do fim do CBP One, Trump também ordenou a reintegração dos Protocolos de Proteção ao Migrante (MPP), também conhecidos como a política "Permanecer no México". Essa política, que foi implementada no primeiro mandato de Trump e cancelada por Biden, obriga os migrantes a permanecerem no México enquanto aguardam as audiências de asilo nos EUA.

Em outra ordem, Trump determinou o envio de tropas americanas para a fronteira sob o Comando Norte dos EUA, com foco na proteção da integridade territorial e fronteiriça do país.

Além disso, Trump designou organizações internacionais, como o MS-13 e o violento Tren de Aragua, como Organizações Terroristas Estrangeiras (FTOs) e Terroristas Globais Especialmente Designados (SDGTs), permitindo ações contra seus membros, incluindo sanções financeiras.

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