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Publicado em 4/02/2025 as 12:00pm

Protestos contra política de deportações de Trump reúnem milhares em Califórnia e Texas

Da redação No domingo (02/02), milhares de pessoas tomaram as ruas de cidades como Los...

Da redação

No domingo (02/02), milhares de pessoas tomaram as ruas de cidades como Los Angeles, San Diego (Califórnia) e Dallas (Texas) em protestos contra a política de deportações em massa do presidente Donald Trump. As manifestações, marcadas por cartazes, bandeiras e gritos de ordem, refletem a indignação de comunidades imigrantes e defensores dos direitos humanos diante das medidas adotadas pelo governo federal desde a posse de Trump, em 20 de janeiro.

Com slogans como “ninguém é ilegal em terra roubada” e “parem de separar as famílias”, os manifestantes criticaram as deportações aceleradas e a retórica anti-imigração que tem caracterizado o novo governo. Nos primeiros dez dias de mandato, aviões carregando milhares de deportados partiram dos Estados Unidos em direção a países como México, Colômbia e Brasil, em um esforço para cumprir a promessa de campanha de Trump de expulsar milhões de imigrantes sem documentos.

A questão da separação de famílias foi um dos temas centrais dos protestos. De acordo com o jornal mexicano La Jornada, muitas famílias de imigrantes têm membros com status legal e outros sem documentação, o que torna as deportações ainda mais traumáticas. “Não morda a mão que te alimenta”, dizia outro cartaz, em referência ao papel crucial dos imigrantes latinos na economia, especialmente em setores como a agricultura e a agroindústria no Texas.

Em Dallas, os manifestantes também fizeram alusões históricas ao regime nazista, comparando as políticas de Trump com as práticas de perseguição e exclusão adotadas na Alemanha entre 1933 e 1945. Além disso, fotos do bilionário Elon Musk, aliado de Trump, fazendo um gesto associado ao nazismo durante a cerimônia de posse do presidente foram exibidas como símbolo de repúdio.

As marchas, que reuniram dezenas de milhares de pessoas, foram marcadas por um clima de resistência e solidariedade. Em Los Angeles e San Diego, a presença massiva de comunidades latinas destacou o impacto direto das políticas de imigração em suas vidas. Cartazes bilíngues (em inglês e espanhol) reforçavam a mensagem de que a luta pelos direitos dos imigrantes é uma questão de justiça social e humanidade.

Os protestos ocorrem em um momento em que Trump declarou estado de emergência na fronteira com o México, justificando a medida como necessária para conter a imigração irregular e reforçar a segurança nacional. No entanto, críticos argumentam que a política é desproporcional e desumana, além de ignorar as contribuições econômicas e culturais dos imigrantes para os Estados Unidos.

Enquanto o governo Trump avança com sua agenda de deportações, os protestos deste domingo mostram que a resistência está longe de acabar. “Ninguém é ilegal” tornou-se um grito de guerra para aqueles que defendem uma abordagem mais compassiva e justa para a questão imigratória, em um país historicamente construído por e para imigrantes.

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