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Publicado em 21/02/2025 as 3:00pm

Igrejas da Carolina do Norte processam governo dos EUA sobre nova política de imigração

Fonte: Da redação


Um grupo de igrejas da Carolina do Norte, entre mais de duas dezenas de organizações religiosas, entrou com uma ação judicial contra o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) devido a uma nova política que permite a prisão de imigrantes indocumentados dentro de igrejas e escolas. A medida tem gerado uma forte reação, especialmente entre líderes religiosos que veem isso como uma violação dos espaços sagrados e seguros.

O Conselho de Igrejas da Carolina do Norte, que representa mais de 6.000 congregações no estado, lidera a ação. A Reverenda Dr. Jennifer Copeland, diretora executiva da NCCC, afirmou que o ambiente de segurança que anteriormente existia em locais de culto desapareceu para muitos membros das igrejas, que agora temem pela sua segurança.

Copeland explicou que as igrejas de seus membros já estão sentindo os impactos dessa nova política de fiscalização de imigração. "Se Deus nos pede para cuidar dos vulneráveis, mas os vulneráveis têm medo de vir e receber o cuidado que as pessoas estão dispostas a oferecer, então, novamente, é uma incapacidade de viver os ensinamentos do evangelho", disse ela, expressando a preocupação com o impacto moral e social da nova medida.

A política em questão foi introduzida pelo governo Trump e autoriza a execução de ações de deportação em "zonas sensíveis" como escolas, hospitais e igrejas, locais tradicionalmente vistos como refugos seguros para aqueles que enfrentam o risco de deportação. Embora o governo justifique a medida como parte de um esforço mais amplo para reforçar a segurança e aplicar as leis de imigração, as organizações religiosas argumentam que ela ameaça a confiança das comunidades imigrantes em buscar assistência sem medo de perseguição.

As igrejas que entraram com o processo afirmam que a nova política não apenas coloca em risco a segurança física de seus membros, mas também viola princípios religiosos fundamentais, como a proteção dos marginalizados e a prática do acolhimento. Para muitas dessas instituições, os espaços de culto têm sido vistos como santuários, onde os indivíduos, independentemente de seu status imigratório, podem encontrar apoio espiritual e social sem medo de represálias.

A ação judicial é uma tentativa de reverter ou modificar a política, garantindo que as igrejas e outras organizações religiosas possam continuar a servir como refúgios para os necessitados, sem a ameaça iminente de uma ação de imigração. O caso também levanta questões mais amplas sobre os limites da autoridade governamental em áreas onde a religião e os direitos humanos desempenham um papel central na vida das comunidades.

À medida que o processo judicial se desenrola, a disputa reflete a crescente tensão entre as políticas de imigração do governo federal e as crenças de muitas organizações religiosas, que defendem que a compaixão e a proteção dos vulneráveis devem prevalecer em cima de ações punitivas. A decisão que for tomada poderá definir não apenas o futuro da política de imigração, mas também o papel das instituições religiosas na defesa dos direitos e da dignidade humana.

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