Publicado em 21/02/2025 as 4:00pm
Imigrante transgênero acusada de estuprar adolescente de 14 anos em NY reacende debate sobre leis de santuário
Fonte: Da redação
Uma mulher transgênero da Colômbia, procurada pelo Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), foi acusada de perseguir e estuprar um menino de 14 anos em New York, reacendendo o debate sobre as políticas de santuário da cidade e seu impacto na segurança pública.
De acordo com um relatório do New York Post, Nicol Suarez, de 30 anos, foi presa no dia 12 após supostamente seguir o adolescente até o banheiro de uma mercearia perto do Thomas Jefferson Park.
O incidente ocorreu quando o menino conseguiu escapar do banheiro e alertar testemunhas, que ajudaram as autoridades a identificar e prender Suarez no dia seguinte. No momento do suposto crime, Suarez já era procurada em Nova Jersey e Massachusetts, e o ICE havia emitido um detentor para ela, solicitando que as autoridades locais a mantivessem sob custódia para possível deportação. No entanto, devido às leis de santuário de Nova York, que limitam a cooperação entre a polícia local e as autoridades federais de imigração, o detentor do ICE pode não ser honrado.
Uma fonte próxima ao caso expressou frustração com as políticas da cidade, afirmando: “Isso só mostra que Donald Trump e [o ex-chefe de fronteiras] Tom Homan estão certos ao dizer que é preciso tirar as pessoas violentas de Nova York. Eric Adams, Letitia James e Kathy Hochul deveriam cooperar, porque essa pessoa tem um detentor do ICE. O ICE poderia simplesmente pegá-la e deportá-la.” A fonte acrescentou que as leis de santuário da cidade significam que a polícia local “não pode fazer nada” para ajudar as autoridades federais nesses casos.
Durante a audiência de Suarez, os promotores pediram uma fiança de US$ 500 mil, mas a juíza Elizabeth Shamahs definiu a fiança em US$ 100 mil. A decisão gerou críticas daqueles que acreditam que a cidade não está priorizando a segurança das vítimas de crimes. “Eu me sinto muito mal pelo garoto que passou por isso, porque a vida dele nunca mais será a mesma”, disse a fonte. “Nós nos preocupamos com os imigrantes, mas e a vítima? Essa é uma vítima de verdade.”
O caso reacendeu uma discussão mais ampla sobre o equilíbrio entre proteger comunidades imigrantes e garantir a segurança pública. Críticos argumentam que as políticas de santuário, embora tenham como objetivo promover a confiança entre a aplicação da lei e as populações imigrantes, podem às vezes impedir a remoção de indivíduos acusados de crimes violentos. Já os defensores dessas políticas enfatizam sua importância em proteger comunidades vulneráveis de possíveis excessos das autoridades federais de imigração.
À medida que o processo legal contra Suarez avança, o incidente serve como um lembrete das complexidades que envolvem a aplicação das leis de imigração e justiça criminal em cidades santuário como Nova York.
O caso também destaca a tensão contínua entre autoridades locais e federais sobre a melhor forma de abordar questões de segurança pública e imigração. Para o jovem vítima e sua família, as consequências do suposto ataque terão repercussões duradouras, destacando o custo humano desses debates.