JD Vance propõe prioridade às deportações na abordagem migratória dos EUA.

O vice-presidente JD Vance declarou que a principal prioridade da política migratória do governo é aumentar significativamente o número de deportações, mesmo que isso implique reduzir garantias legais para aqueles em processo de remoção. De acordo com ele, aspectos como o devido processo legal ou possíveis efeitos econômicos só devem ser levados em conta se não comprometerem o avanço dessa meta. Vance ressaltou ainda que o foco não se limita a indivíduos com condenações criminais, mas envolve uma estratégia mais abrangente.

Por meio de diversas publicações nas redes sociais, Vance argumentou que o volume total de deportações é mais relevante do que os detalhes de cada caso. Ele defendeu que o nível de exigência legal varia conforme os recursos disponíveis, o interesse público e o perfil do indivíduo. Como exemplo, comparou o processo de deportação ao julgamento de casos que envolvem pena de morte, afirmando que esse último requer mais formalidades jurídicas. Vance também mencionou o caso de um cidadão americano, do estado da Geórgia, que foi detido e enviado a um centro do ICE na Flórida, classificando o episódio como "um erro lamentável, porém inevitável em operações dessa magnitude".

Registros indicam que, durante o governo Trump, foram estabelecidas metas para aumentar o número diário de detenções feitas por agentes do ICE, chegando a 1.500 por dia. Atualmente, está em andamento uma força-tarefa nacional voltada à localização e deportação de pessoas com ordens antigas de remoção. Entretanto, os dados mais recentes sobre a proporção de deportados com antecedentes criminais ainda não foram divulgados. No primeiro mandato, o ICE priorizava indivíduos condenados por crimes, mas agora a política parece visar qualquer pessoa em situação migratória irregular.