Da redação
O prefeito de Minneapolis (Minnesota), Jacob Frey, está sendo duramente criticado após prometer tornar a cidade um “refúgio seguro” para imigrantes indocumentados, reafirmando seu compromisso de se opor às políticas de imigração do governo Trump.
Em uma recente reunião com líderes democratas, incluindo a deputada Ilhan Omar (D-Minn.), Frey declarou: “Minneapolis continuará sendo um refúgio seguro para imigrantes indocumentados.” O prefeito, conhecido por sua postura progressista, acrescentou: “Independentemente de quem você seja ou de onde você vem, Minneapolis é um lugar do qual você deve ter orgulho de chamar de lar.”
Esta não é a primeira vez que Frey adota uma posição firme contra a aplicação das políticas de imigração federais. O democrata já havia prometido anteriormente não cooperar com as medidas de fiscalização de imigração do presidente Donald Trump, alinhando-se com outros líderes de cidades democratas que adotaram posturas semelhantes em todo o país.
Como parte de seu compromisso, Frey lembrou os presentes de que, de acordo com a “ordem de separação” de Minneapolis, a polícia local é proibida de questionar o status migratório de indivíduos ou prender alguém apenas por estar no país sem autorização legal. “Quero falar com os indocumentados. Nós os amamos; nos importamos com vocês e a cidade de Minneapolis estará ao lado de vocês, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar,” disse ele.
No entanto, os comentários de Frey geraram forte reação de líderes republicanos locais. O Líder da Maioria da Câmara, Tom Emmer, cujo distrito abrange os subúrbios de Minneapolis, respondeu de forma enfática, acusando Frey de priorizar imigrantes ilegais criminosos em detrimento da segurança dos moradores da cidade. “O prefeito Frey deveria parar de proteger criminosos imigrantes ilegais e começar a proteger as pessoas de sua cidade,” afirmou Emmer.
Em fevereiro, Emmer e outros republicanos de Minnesota enviaram uma carta a Frey, condenando suas políticas de cidade santuário como uma ameaça à segurança pública. Eles citaram incidentes recentes, como a prisão de um terrorista conhecido do grupo al-Shabaab em Minneapolis e a captura de três imigrantes ilegais envolvidos em crimes sexuais contra crianças na vizinha Saint Paul, como evidência dos riscos associados à postura de Frey.
A carta argumentou: “Interferir nas ações federais destinadas a garantir a segurança de seus constituintes é um erro. Sua cidade e seus moradores merecem ser protegidos contra essas ameaças, e pedimos que você priorize as necessidades deles em vez das de criminosos e terroristas.”
À medida que o debate sobre a aplicação da imigração continua a dividir líderes locais e nacionais, Minneapolis se encontra no centro do conflito entre as políticas de cidade santuário e as preocupações com a segurança pública. A posição de Frey provavelmente continuará sendo um ponto de discórdia, especialmente enquanto os líderes da cidade tentam equilibrar a compaixão pelos imigrantes indocumentados e a segurança de seus cidadãos.
