Publicado em 6/11/2008 as 12:00am
Os 10 maiores desafios globais que Obama irá enfrentar
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrentará uma série de problemas de política externa assim que assumir a Casa Branca, no dia 20 de janeiro de 2009
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrentará uma série de problemas de política externa assim que assumir a Casa Branca, no dia 20 de janeiro de 2009.
Confira abaixo dez desafios de Obama e o que ele deve propor como solução.
Uma conclusão da eleição
A mudança pode ser um fortalecimento do multilateralismo em detrimento do unilateralismo, com menos ênfase nos Estados Unidos
A confrontação poderá abrir caminho para mais diplomacia.
No entanto, os presidentes americanos geralmente acabam se envolvendo em conflitos e guerras. Obama chega ao cargo tendo que enfrentar duas guerras já em andamento, no Iraque e no Afeganistão.
Barack Obama disse que vai pedir que seus comandantes redefinam a missão para "terminar a guerra de forma bem-sucedida". Mas isso precisa ser feito com responsabilidade, segundo o presidente eleito.
Ele disse que isso significa dar tempo para que o governo iraquiano fortaleça suas próprias forças armadas. Ele também quer uma retirada em fases da maioria das tropas americanas "dentro de 16 meses" a partir da sua posse, o que significa no máximo até maio de 2010.
Potencialmente, isso pode ser uma política de muito sucesso. No entanto, um pequeno contingente militar americano deve continuar no Iraque, então uma retirada completa não deve acontecer.
Talvez este seja o maior desafio de Obama. Se no Iraque a guerra parece estar acabando, no Afeganistão ela está se intensificando.
Obama promete "focar no Afeganistão". Ele disse que vai enviar mais duas brigadas de combate. Ele também prometeu atacar a Al-Qaeda, especialmente Osama Bin Laden, com ou sem a ajuda do Paquistão.
Melhorar a situação no Afeganistão significa melhorar o desempenho do governo afegão e tentar desenvolver uma política mais eficiente no Paquistão (cuja própria estabilidade é um problema), para minar os esforços do Talebã e da Al-Qaeda.
A famosa frase de Bush pode ter menos força no governo Obama. Ele quer se concentrar em vencer a "batalha das idéias" ao "voltar a uma política externa
No entanto, ainda deve haver uma política
Dois indicadores serão importantes: o fechamento da prisão em Guantánamo e a extensão da proibição de tortura na CIA, a agência de inteligência
Se Guantánamo for fechada, ele terá de decidir o que fazer com os 255 detentos. Obama sugeriu usar o sistema legal normal dos Estados Unidos para condená-los, mas há dados usados em comissões militares (obtidos por coerção) que não poderiam ser usados em tribunais americanos.
A Al-Qaeda também deve continuar sendo um problema, com atividades na Argélia e Somália.
Potencialmente daí pode surgir uma grande crise, mas muito depende de
Se continuar com o programa de enriquecimento de urânio, isso pode levar o novo governo a seguir ou até ampliar sanções.
Um aumento da atividade nuclear iraniana seria um sinal de aumento da sua força. Nesse caso,
Obama disse que conversará com o Irã "sem condições", apesar de que provavelmente não em nível presidencial. O atual governo iraniano não deve ceder no enriquecimento de urânio, então é possível que qualquer acordo incorpore isso
Bush disse que esperava um acordo entre israelenses e palestinos até o final deste ano, mas isso parece impossível.
Então Obama terá provavelmente que enfrentar a eterna questão sobre
O primeiro passo será a eleição israelense, no dia 10 de fevereiro, que deve indicar se o governo israelense estará pronto para fazer um acordo.
Além da questão Israel-Palestina, ainda existe o que Richard Holbrooke, um possível secretário de Estado, chama de "arco da crise", que se estende da Turquia ao Paquistão. Isso inclui a Síria, cuja ajuda é necessária para estabilizar o Iraque.
Os eventos recentes na Geórgia precipitaram uma crise nas relações entre a Rússia e o Ocidente, que estão no pior nível desde a Guerra Fria.
Há frustrações dos dois lados e existe muita incerteza sobre
O assunto imediato é
O sistema antimísseis a ser instalado pelos Estados Unidos na Polônia e República Checa continua sendo um problema para a Rússia.
A forma
Em uma frente mais ampla, Obama apoiou o pedido feito no ano passado por ex-diplomatas americanos (entre eles, Henry Kissinger) para que os Estados Unidos lutem por um mundo sem armas nucleares,
As últimas ações da Coréia do Norte foram positivas. O país concordou com procedimentos de inspeção internacional do seu programa nuclear, que está sendo desmantelado. Em troca, o país recebeu a promessa de sair da lista
Mas a Coréia do Norte deve provavelmente continuar com suas armas nucleares.
As relações americanas com a
A
Recentemente, a
Diversos temas entram na definição de "nova diplomacia".
A crise financeira vai forçar o próximo presidente a ter uma atitude mais incisiva do que o normal. E ele terá de administrar um mundo com menos influência financeira dos Estados Unidos.
Obama está comprometido com o combate ao aquecimento global. Ele quer reduzir a emissão de gases nocivos ao meio ambiente em 80% até 2050. Este será um dos temas mais importantes do seu governo, já que o Protocolo de Kyoto expira em 2012 e as negociações para estender as metas estão emperradas.
Energia, especialmente petróleo, será outro desafio. Obama prometeu eliminar a dependência
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Fonte: (BBC)