Publicado em 30/07/2011 as 12:00am
Relatório final do AF 447 será divulgado apenas em 2012
Após divulgar um novo relatório parcial apontando falhas dos pilotos no acidente do voo 447 da Air France, o BEA (Escritório de Investigações e Análise), órgão oficial francês encarregado das investigações, estima que o relatório final, com todas as concl
Após divulgar um novo relatório parcial apontando falhas dos pilotos no acidente do voo 447 da Air France, o BEA (Escritório de Investigações e Análise), órgão oficial francês encarregado das investigações, estima que o relatório final, com todas as conclusões sobre a tragédia que matou 228 pessoas em junho de 2009, será divulgado no início de 2012.
O relatório da sexta-feira (29) revela que os pilotos não adotaram o procedimento adequado após os primeiros problemas detectados durante o voo: perda de indicadores de velocidade e perda de sustentação da aeronave. O órgão divulgou também os últimos diálogos entre os pilotos, que mostram muita tensão na cabine. "Os pilotos não identificaram a situação de perda de sustentação", apesar do alarme sonoro que se ativou durante 54 segundos, diz o relatório. O documento afirma ainda que eles não aplicaram o procedimento necessário após o congelamento das sondas (sensores de velocidade) pitot, o que provocou a perda dos indicadores de velocidade. Entre outras constatações, o texto revela também que o comandante da aeronave foi descansar às 2h da madrugada sem deixar "claras recomendações" aos dois copilotos que ficaram no controle do Airbus e que a tripulação não avisou os passageiros dos problemas que a cabine enfrentava. O primeiro relatório detalhando o acidente, divulgado em maio, apontava uma falha nas sondas Pitot, que medem a velocidade e são fabricadas pela empresa francesa Thales, mas não foi possível estabelecer se isso poderia ser a causa do acidente. Com a recuperação dos primeiros dados das caixas-pretas, foi revelado ainda que um problema técnico privou os pilotos de dados válidos sobre o voo com os quais seria possível evitar que a aeronave caísse no mar após três minutos e meio de queda livre. Ao divulgar o documento nesta sexta, Jean-Paul Troadec, chefe do BEA afirmou que a situação era “salvável” se os pilotos tivessem tomado as atitudes certas. A Air France assegura que "nada permite colocar no banco dos réus as competências técnicas da tripulação" do voo, que saiu do Rio de Janeiro em direção a Paris. As associações de parentes das 228 vítimas do acidente, por sua vez, repudiaram o relatório do BEA.
O BEA informou que os comandantes da aeronave "não receberam treinamento sobre os procedimentos adequados a serem tomados em grandes altitudes".
Os especialistas indicaram que houve uma divergência nos leitores de velocidade que fez com que o piloto automático desligasse e forçou os pilotos a tomar decisões sem ter à sua disposição informações corretas sobre a performance do avião.
"Os pilotos não identificaram a situação de perda de sustentação", apesar do alarme sonoro que se ativou durante 54 segundos, diz o relatório. O documento afirma ainda que eles não aplicaram o procedimento necessário após o congelamento das sondas (sensores de velocidade) pitot, o que provocou a perda dos indicadores de velocidade.
O BEA informou que os comandantes da aeronave "não receberam treinamento sobre os procedimentos adequados a serem tomados em grandes altitudes".
Entre outras constatações, o texto revela também que o comandante da aeronave foi descansar às 2h da madrugada sem deixar "claras recomendações" aos dois copilotos que ficaram no controle do Airbus e que a tripulação não avisou os passageiros dos problemas que a cabine enfrentava.
O primeiro relatório detalhando o acidente, divulgado em maio, apontava uma falha nas sondas Pitot, que medem a velocidade e são fabricadas pela empresa francesa Thales, mas não foi possível estabelecer se isso poderia ser a causa do acidente.
Com a recuperação dos primeiros dados das caixas-pretas, foi revelado ainda que um problema técnico privou os pilotos de dados válidos sobre o voo com os quais seria possível evitar que a aeronave caísse no mar após três minutos e meio de queda livre.
Os especialistas indicaram que houve uma divergência nos leitores de velocidade que fez com que o piloto automático desligasse e forçou os pilotos a tomar decisões sem ter à sua disposição informações corretas sobre a performance do avião.
Ao divulgar o documento nesta sexta, Jean-Paul Troadec, chefe do BEA afirmou que a situação era “salvável” se os pilotos tivessem tomado as atitudes certas.
A Air France assegura que "nada permite colocar no banco dos réus as competências técnicas da tripulação" do voo, que saiu do Rio de Janeiro em direção a Paris. As associações de parentes das 228 vítimas do acidente, por sua vez, repudiaram o relatório do BEA.
As associações de parentes das 228 vítimas do acidente, por sua vez, repudiaram o relatório do BEA.
Fonte: UOL.COM.BR