Publicado em 6/03/2018 as 6:00pm
Ex-espião russo fica seriamente doente após exposição a substância não identificada no Reino Unido
Sergei Skripal foi condenado em 2006 a 13 anos de prisão na Rússia, mas em 2010 foi perdoado em troca de espiões com os EUA. Mulher de 33 anos, não identificada, também foi exposta; ambos estão internados em estado crítico.
O ex-oficial da inteligência militar da Rússia Sergei Skripal, que foi condenado em 2006 por espionar para o Reino Unido, ficou seriamente doente nesta segunda-feira (5) após exposição no Reino Unido a uma substância não identificada, disseram à Reuters duas fontes próximas à investigação.
Skripal, no passado um coronel da inteligência militar do Departamento Central de Inteligência russo, foi condenado na Rússia por trair agentes para a inteligência britânica antes de ser posteriormente trocado como parte de uma permuta de espiões ao estilo da Guerra Fria em 2010 em Viena.
A polícia informou que duas pessoas, um homem de 66 anos e uma mulher de 33, haviam sido encontradas inconscientes em um banco na cidade de Salisbury no domingo. Elas estavam sendo tratadas por “possível exposição a uma substância desconhecida” e permaneciam em estado crítico, segundo a polícia.
As duas pessoas não possuíam ferimentos visíveis, informou a polícia em comunicado.
“Por conta de estarmos em estágios muito iniciais da investigação, nós não podemos afirmar se ocorreu ou não um crime”, informou a polícia em comunicado.
Um hospital em Salisbury informou mais cedo nesta segunda-feira que está “lidando com um grande incidente envolvendo um pequeno número de vítimas”. O hospital informou que funcionários e pacientes devem seguir ao hospital como habitual.
Relações entre o Reino Unido e a Rússia têm estado tensas desde a morte do ex-agente da KGB Alexander Litvinenko em Londres em 2006, um assassinato que um inquérito britânico informou provavelmente ter sido aprovado pelo presidente Vladimir Putin.
O Kremlin tem negado repetidamente qualquer envolvimento na morte.
Skripal foi sentenciado na Rússia a 13 anos de prisão antes de ser perdoado em 2010, como parte de uma troca de espiões com os Estados Unidos.
Fonte: Por Reuters