Publicado em 8/03/2018 as 5:00pm
Legisladores da Flórida aprovam medidas sobre armas que incluem porte de funcionários de escolas
Projeto de lei foi encaminhado para que seja aprovado pelo governador Rick Scott. Outra medida aprovada é o aumento da idade mínima exigida para a venda de rifles.
Os legisladores da Flórida aprovaram nesta quarta-feira (7) um projeto de lei estadual sobre segurança em escolas com medidas que incluem a autorização de que alguns funcionários de escolas portem armas e o aumento da idade mínima exigida para a venda de rifles. O texto foi encaminhado para que seja aprovado pelo governador Rick Scott.
A lei também prevê novos programas sobre saúde mental para escolas e um período de espera três dias para todas as compras de armas.
A lei, que é uma resposta ao tiroteio na escola de Parkland, onde um ex-aluno disparou com um rifle AR-15 matando 17 pessoas, foi aprovada por 67 votos a favor e 50 contra. Nikolas Cruz, acusado pelo massacre, tinha 18 anos quando comprou legalmente o fuzil que usou, disseram autoridades. Ele foi acusado formalmente nesta quarta de 34 crimes: 17 homicídios e 17 tentativas de homicídio, que se referem a feridos no ataque.
O Congresso da Flórida é controlado por republicanos, do mesmo partido do governador Rick Scott, mas o projeto também recebeu votos de aprovação por democratas. De acordo com a Associated Press, alguns dos deputados que apoiam o projeto de lei afirmaram que não gostam de alguns de seus aspectos.
O conjunto de medidas atende a uma série de exigências feitas por alunos da Marjory Stoneman Douglas High School e de seus familiares, que fizeram campanha pela aprovação de novas leis de armas. No entanto, não atende a uma das demandas principais, que é a proibição de armas de assalto como a que foi usada no massacre de 14 de fevereiro.
A medida de permitir que alguns funcionários de escola sejam armados foi defendida pelo presidente Donald Trump após a repercussão do tiroteio em Parkland. Os críticos dessa medida dizem que ela representa um risco para os estudantes, que poderiam ser alvejados no calor de uma discussão disciplinar ou caso sejam confundidos com invasores.
Esta medida tinha sido rejeitada na última segunda-feira pelo Senado.
Um comitê da Câmara dos Deputados dos EUA aprovou uma legislação semelhante na semana passada, incluindo uma cláusula que permite aos xerifes criar programas voluntários para empossar funcionários de escolas como "delegados" armados, contanto que sujeitos à aprovação do distrito escolar e a um treinamento especial. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou apoio a tal plano, também defendido pela NRA.
Fonte: g1.globo.com