Publicado em 12/03/2018 as 3:00pm
ACLU cita caso de brasileira para processar os EUA por separar famílias imigrantes
A União Americana de Liberdades Civis (ACLU, sigla em inglês) apresentou na sexta-feira, dia...
A União Americana de Liberdades Civis (ACLU, sigla em inglês) apresentou na sexta-feira, dia 09, uma ação acusando o governo dos Estados Unidos de separar as famílias de imigrantes que buscam asilo.
No processo, a ACLU cita o caso de uma mulher congolesa e sua filha de 7 anos, que o grupo disse que foi tirada de sua mãe "gritando e chorando" e colocada em uma instalação em Chicago. Enquanto a mulher foi libertada no dia 6, de um centro de detenção de San Diego, a menina permanece detida na instalação que fica a cerca de três mil quilômetros de distância.
Os defensores dos imigrantes dizem que o caso da mãe e da filha é a imagem clara da abordagem adotada pela administração do presidente Donald Trump. O processo, que corre no tribunal distrital federal de San Diego, solicita que um juiz declare ilegal a separação familiar e que as centenas de famílias que foram divididas pelas autoridades de imigração voltem a ficar juntas.
O processo também levanta o caso de uma brasileira que a ACLU diz que foi separada de seu filho de 14 anos depois que buscarem asilo, em agosto passado. A entidade afirma que a mulher recebeu uma sentença de prisão de aproximadamente 25 dias por entrar ilegalmente no país e depois foi colocada em instalações de detenção de imigração no oeste do Texas, enquanto o seu filho foi levado para uma instalação em Chicago.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, sigla em inglês) não anunciou uma política formal para manter os adultos que buscam asilo separados de seus filhos. Mas funcionários da administração disseram que estão considerando separar pais e filhos para impedir que outros tentem entrar nos EUA.
O departamento recusou-se a comentar o processo. O secretário de imprensa da DHS, Tyler Houlton, em uma declaração anterior sobre o caso da mulher congolesa e sua filha, disse que os funcionários do governo devem verificar se as crianças que entram nos EUA não são vítimas de traficantes e que o adulto que as acompanha é na verdade os pais.
Em documentos separados apresentados ao tribunal, o governo dos EUA disse que está aguardando os resultados do teste de DNA para confirmar se a mulher é a mãe da menina.
Fonte: Redação - Brazilian Times