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Publicado em 31/07/2018 as 2:00pm

Arcebispo diz que renunciou para evitar 'sofrimento'

O ex-arcebispo de Adelaide, 67 anos, é o mais alto prelado da Igreja Católica a ser condenado por crimes ligados a pedofilia.

O papa Francisco aceitou nesta segunda-feira (30) a renúncia do arcebispo de Adelaide, na Austrália, Philip Edward Wilson, condenado em julho passado a 12 meses de prisão por ter acobertado casos de pedofilia na Igreja Católica.

A notícia foi comunicada pela Sala de Imprensa da Santa Sé, após o Pontífice ter sido pressionado pelo primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, e até pelo Conselho Nacional de Padres do país a afastar Wilson.

"Ainda que minha renúncia não tivesse sido exigida, tomei essa decisão porque estou preocupado com o aumento do nível de descontentamento que minha condenação causou dentro da comunidade", afirmou o australiano, acrescentando que pretendia adiar essa decisão até o fim do julgamento de seu recurso.

"No entanto, há muito sofrimento e angústia ao manter meu cargo de arcebispo de Adelaide, sobretudo pelas vítimas. Devo colocar fim a tudo isso, portanto achei que a renúncia fosse o único passo apropriado nessa situação", declarou Wilson, que anteriormente rechaçara a hipótese de se demitir.

O agora ex-arcebispo de Adelaide, 67 anos, é o mais alto prelado da Igreja Católica a ser condenado por crimes ligados a pedofilia. Ele foi sentenciado em primeira instância por ter acobertado abusos sexuais contra quatro menores de idade cometidos pelo padre James Fletcher nos anos 1970.

O sacerdote foi condenado em dezembro de 2004, mas morreu na cadeia, 13 meses depois. A Justiça da Austrália deve definir em agosto se Wilson cumprirá a pena em uma penitenciária ou em regime de prisão domiciliar.

No último sábado (28), o Papa já havia afastado um cardeal, Theodore McCarrick, arcebispo de Washington (EUA), que é acusado de ter violentado um menor de idade 45 anos atrás. Além disso, outro cardeal, o australiano George Pell, terceiro na hierarquia do Vaticano, é réu por abusos supostamente cometidos nas décadas de 1970 e 1990.

Fonte: noticiasaominuto.com.br (Com informações da Ansa)

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