Publicado em 11/09/2018 as 6:00pm
Governo Trump busca aprovar nova lei que favorece aquecimento global
Desta vez, a ideia é colocar em prática legislação que flexibiliza o monitoramento e a reparação de vazamento de gás metano pelas empresas.
Mais um passo, desta vez o terceiro neste ano, para reverter ações federais de combate o aquecimento global foi dado pela administração Trump nesta segunda-feira (10), segundo informou o The New York Times.
A EPA (Agência de Proteção Ambiental) deverá, possivelmente nesta semana, revelar suas intenções de deixarem mais flexível o monitoramento e reparação de vazamentos por parte das empresas, conforme informou o jornal americano.
Trata-se de uma reivindicação antiga das empresas, já que as exigências são consideradas onerosas. E o metano costuma vazar com requência de poços de petróleo e gás, sendo um dos gases de efeito estufa que mais contribuem com o aquecimento global.
Pelas novas regras, em geral, o prazo de monitoramento das empresas seria ampliado, bem como o tempo destinado a elas para consertarem algum vazamento ou irregularidade.
Tal iniciativa seria a terceira em uma sequência de cortes na regulamentação feita pelo governo anterior, de Barack Obama. Em julho, foi proposto pela EPA um relaxamento na regra sobre poluição causada pelo escapamento dos carros, relativa à emissão de dióxido de carbono.
E no mês de agosto, foi a vez de a poluição das termoelétricas sere alvo desta fragilização do controle ambiental, com a proposta de uma substituição da regra sobre a quantidade de dióxido de carbono produzida por elas.
Ao jornal nova-iorquino, Janet McCabe, a principal autoridade reguladora de clima e ar limpo da EPA. no governo Obama, não escondeu sua preocupação, caso tais normas sejam aprovadas.
E Matt Watson, especialista em poluição de metano do Environmental Defense Fund, um grupo de defesa ambiental também alertou para os perigos da mudança proposta.
"Esses vazamentos podem surgir a qualquer momento, em qualquer lugar, para cima e para baixo na cadeia de fornecimento de petróleo e gás".
E ele completou:
"Quanto mais tempo você passar entre as inspeções, mais vazamentos não serão detectados nem reparados."
Fonte: Eugenio Goussinsky, do R7