Publicado em 14/10/2018 as 6:00pm
Câncer infantojuvenil: pais devem ficar atentos aos sinais e sintomas
Cerca de 12,5 mil crianças serão diagnosticadas com algum tipo de câncer só em 2018
Cerca de 12,5 mil crianças serão diagnosticadas com algum tipo de câncer só em 2018. É o que diz o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O órgão também aponta que 70% dos pacientes mirins têm boas chances de cura, desde que a doença seja descoberta o quanto antes. Ainda assim, o câncer segue como a segunda causa de morte de crianças e adolescentes no Brasil, atrás apenas de causas externas como acidentes e violências.
Para mudar essa realidade e aumentar o índice de curas, o diagnóstico precoce e preciso é uma das principais ferramentas dos médicos. “O Brasil precisa de uma evolução no diagnóstico, precisamos descobrir o câncer com a maior antecedência possível”, afirma a Dra. Teresa Fonseca, oncologista e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE).
A especialista prossegue: “a taxa de cura está em torno de 50% no Brasil, muito abaixo de países como os Estados Unidos, onde o índice de recuperação de pacientes alcança 80%”. A médica também indica que os pais devem estar atentos para notar alguns sinais que possam indicar a doença. Entre os principais indícios estão: manchas ou caroços pelo corpo, febre, cansaço, olho esbranquiçado e ânsias.
As causas para tantas dificuldades vão do atendimento básico ineficiente ao tratamento especializado do câncer que não está ao alcance de todo o sistema de saúde. “O Brasil é um país de dimensão continental, a discrepância é enorme no acesso à saúde e não há condições compatíveis com as necessidades de atendimentos adequados em nenhuma região”, comenta a presidente da SOBOPE.
As necessidades biopsicossociais do paciente também precisam estar em pauta para acompanhamento no tratamento do câncer infantojuvenil. Para a Dra. Teresa, após o diagnóstico é fundamental que o paciente receba suporte da família, o que traz um impacto relevante para a recuperação. “É um trabalho conjunto, dos primeiros sinais ao último dia de tratamento, inclusive os pais precisam ser acompanhados e atendidos pelo sistema de saúde, a luta é de todos”, conclui.
Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br