Publicado em 21/03/2019 as 8:00am
Países sul-americanos devem sair de uma só vez da Unasul, diz ministro
Segundo Araújo, presidente Jair Bolsonaro discutirá tema no Chile.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse hoje (20) que os países devem deixar a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) de forma conjunta. Os presidentes de sete países da América do Sul confirmaram presença, nesta sexta-feira (22), em Santiago (Chile) onde será feito o anúncio oficial da criação do Prosul, projeto idealizado para substituir a Unasul, paralisada há mais de dois anos.
Integram o Prosul Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Costa Rica, Nicarágua, Panamá e República Dominicana. Confirmaram presença no encontro os presidentes da Argentina, da Colômbia, do Equador, do Paraguai, do Peru e do Brasil, além do Chile.
“A ideia é que os países sul-americanos façam um movimento em conjunto [de sair da Unasul]. Estamos pensando se é na visita ou logo depois. Mas a ideia é fazer em conjunto”, disse o chanceler em entrevista coletiva no Palácio Itamaraty.
Para Araújo, a Unasul é um organismo que “já nasceu com vícios de origem” e será substituído por um organismo “mais leve” que se dedique a iniciativas concretas entre os países da América do Sul. “É preciso que continue existindo um organismo de maneira leve, flexível e prática, que reflita o fato de que você tem uma região que precisa se integrar”, afirmou.
Cúpula
O presidente Jair Bolsonaro vai participar em Santiago, no Chile, da Cúpula do Prosul que pretende marcar a retomada de negociações em torno da integração da região.
A proposta idealizada pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, tem formato mais enxuto e é menos onerosa a todos. Os presidentes devem anunciar o aval à nova composição ainda na sexta-feira, após a reunião.
Em Santiago, o ministro das Relações Exteriores do Chile, Roberto Ampuero, destacou a parceria com o Brasil. "É um dos melhores aliados históricos do Chile com o qual temos relações extraordinárias e que nos damos historicamente bem."
Fonte: Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil* Brasília