Publicado em 11/07/2019 as 12:00pm
Negociadores de China e EUA retomam conversas, diz comunicado
Eles tentam resolver disputa comercial.
Negociadores da China e dos Estados Unidos conversaram ontem (9) por telefone, dando continuidade às tratativas para encerrar uma batalha comercial entre as duas maiores economias do mundo, que tem afetado as linhas de produção e os mercados financeiros mundiais.
Robert Lighthizer, representante de comércio norte-americano, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, conversaram com o vice-premiê chinês, Liu He, e o ministro Zhong Shan, levando adiante as negociações para resolver as disputas comerciais remanescentes entre os países, disse uma autoridade dos EUA em comunicado.
"Ambos os lados vão continuar essas conversas conforme apropriado", disse a autoridade no email, sem dar mais detalhes sobre o que foi discutido ou sobre os próximos passos nas negociações.
Os negociadores retomaram os trabalhos após um hiato de dois meses e depois de um ano desde que os dois países entraram em uma batalha de tarifas. Washington quer que Pequim tome providências a respeito do que alega serem décadas de práticas comerciais ilegais.
No mês passado, Washington e China concordaram, durante a cúpula do G20 no Japão, em retomar as tratativas, aliviando os temores de uma escalada na situação.
Após se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, na ocasião, o presidente dos EUA, Donald Trump, concordou em suspender uma nova rodada de imposição de tarifas no valor de US$ 300 bilhões sobre bens de consumo chineses, enquanto os dois lados voltam a travar negociações.
Trump disse então que a China retomaria as aquisições em larga escala de commodities agrícolas norte-americanas, enquanto os EUA relaxariam as restrições aos equipamentos de telecomunicações da gigante de tecnologia chinesa Huawei.
Mais cedo, o assessor econômico da Casa Branca Larry Kudlow disse que a China deve avançar rapidamente nas compras de produtos agrícolas dos EUA. Ele acrescentou que o relaxamento nas restrições do governo norte-americano sobre a Huawei vão ajudar a empresa, mas que a medida seria temporária.
Fonte: Andrea Shalal e Chris Prentice, da Reuters Wasshington / Agência Brasil